O mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 2,26 trilhões (-1,5%) na manhã desta quinta-feira (9), quando o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por volta de US$ 60,8 mil (-2,1%) com dominância de mercado a 53,2%, índice ganância a 52% e algumas altcoins em alta de até dois dígitos percentuais apesar da predominância dos tokens no vermelho.

Em linhas gerais, novas declarações de membros do Federal Reserve (Fed) reforçaram entre os players a convicção de que o banco central do EUA não está disposto a promover cortes na taxa de juros no curto prazo em razão de sinais recentes de resiliência da inflação, cenário desfavorável a mercados como o de criptomoedas. 

Nessa seara pessimista, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse que há riscos no corte prematuro dos juros e que a economia estadunidense precisa de alívio na demanda. Declarações que se somaram a resultados frustrantes de algumas grandes empresas de tecnologia no primeiro trimestre.

Por outro lado, a pressão de compra sobre os títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries, que transitam no polo oposto ao de criptomoedas por serem ativos conservadores, associados à proteção, representou alta de rendimento de 0,52%. O que também favoreceu a indefinição de direção do mercado acionário, com o S&P 500 encerrado em 5.187,67 pontos (-0,00058%), o Nasdaq estabelecido em 16.302,76 (-0,18%) pontos e o Dow Jones localizado em 39.056,39 pontos (+0,44%).

Também no campo positivo, os fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) registraram entradas líquidas de US$ 11,54 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

No lado positivo das principais altcoins em capitalização de mercado, o RUNE se convertia em US$ 5,94 (+5,1%), o AIOZ era negociado por US$ 0,83 (+4,7%), o TON estava precificado em US$ 5,97 (+5,5%), o RNDR valia US$ 10,25 (+2,6%). Pelo lado negativo, o WLD era negociado por US$ 5,48 (-7,2%), o LDO pareava US$ 1,86 (-6,7%), o PENDLE orbitava US$ 4,50 (-6,6%), o ENA representava US$ 0,86 (-5,7%), o W era trocado por US$ 0,60 (-5,7%) e o FET se estabelecia em US$ 2,15 (-5,5%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o AKT era transacionado por US$ 4,91 (+11,2%), a memecoin TRUMP respondia por US$ 5,68 (+33,3%), o UMA era transferido por US$ 3,53 (+36,8%), o IPV girava em torno de US$ 3,27 (+12%), o PEOPLE estava nivelado por US$ 0,027 (+12,4%) e o KMD estava quantificado em US4 0,43 (+18,2%).

Chamava a atenção o CEL, token da plataforma de empréstimo de criptomoedas falida Celsius, cotado a US$ 0,93 (+42%) com um pico de preço de 65% nas últimas 24 horas e alta semanal acumulada de 305%.

Gráfico de sete dias do par CEL/USD. Fonte: CoinMarketCap

O desempenho de CEL nos últimos dias coincidiu com a queima de 94% do suprimento total do tokens, 652,milhões dos 692,8 milhões de CEL, no dia 30 de abril. O que também despertou no mercado especulações de que a altcoin pode ganhar um novo caso de uso.

Outro destaque era o anúncio de listagem no próximo dia 16 pela OKX do Notcoin (NOT), token da comunidade TON que amplamente distribuído por meio de um jogo viral no Telegram, que já contava com 35 milhões de jogadores. A fase atual se concentra na construção de um ecossistema em torno do NOT, incluindo uma plataforma de jogos e ferramentas de exploração de projetos Web3

O Notcoin, que também será listado pela Bybit, é um jogo clicker integrado ao Telegram com os jogadores podendo os jogadores podendo “minerar” o Notcoin, a moeda digital do jogo, ao clicar em uma moeda animada que aparece na interface de chat. Essa moeda é o “Gram”, que foi projetada para pagar taxas de transação e liquidar pagamentos e, ao mesmo tempo, validar transações de rede. 

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam COS e FIRE na Bybit; TRUMP e BODEN na Bitrue; ROSX e APRS na Bitget; QUBIC e FRIEND na Gate.io; PROPS e SEC na CoinEx e JIZZLORD e SEAH na BitMart.

No dia anterior, as criptomoedas recuavam até 22% enquanto o Bitcoin lutava pelo suporte de US$ 62 mil em um cenário de indefinição macroeconômica, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.