O apresentador de TV e rádio Marcelo Tas seria uma das vítimas da Atlas Quantum, que no passado contou com Tas para uma das propagandas da empresa. Segundo o Portal do Bitcoin, Tas teria perdido R$ 800.000.

Na reportagem, é dito que Tas teria 19,04 Bitcoins perdidos junto à Atlas Quantum, ou cerca de R$ 800.000. O apresentador confiirma que era investidor da empresa, mas diz que o valor é inferior, sem especificar quanto:

 “Confirmo que, como muitos, fiquei com recursos retidos na Atlas. O valor é bem inferior ao mencionado”

Segundo informações, Tas fez umma ordem de saque em 13 de setembro de 2019, mas não teve a ordem completada pela Atlas. Apenas outro pedido, de R$ 900, foi concluído com sucesso. Em entrevista, Tas diz que retirou "boa parte do valor investido" antes da empresa escancarar sua crise.

Marcelo Tas teve um vídeo veiculado pela Atlas em março de 2019, no qual atuava em uma propaganda da empresa, ainda disponível nas redes sociais. Na época, a Atlas também era parceira do portal G1. O apresentador diz que não era garoto-propaganda, mas um entrevistador contratado pelo portal do Grupo Globo:

"Nunca fiz propaganda para a Atlas. Participei como entrevistador, contratado pelo G1- portal de notícias do grupo Globo, de um conteúdo jornalístico patrocinado pela Atlas. Tive total liberdade editorial para construir, de forma independente, um conteúdo que tinha como foco o funcionamento do conceito de blockchain, com ênfase particular no Bitcoin. Entrevistei uma profissional da Atlas, na sede da empresa, sobre assuntos absolutamente técnicos. No conteúdo, não há destaque para qualquer empresa em particular. Sei que houve algumas ações comerciais diretas, mas não participei de qualquer uma delas"

No vídeo disponibilizado pela Atlas, porém, o tom do apresentador é diferente. No vídeo, Tas destaca os potenciais rendimentos da Atlas, superiores a 60% ao ano:

"Nós estamos falando de 60% ao ano, 5% ao mês, que é o que a poupança leva em um ano?"

No fim de 2019, Tas disse em comentário para a Rádio CBN que as pirâmides de Bitcoin se aproveitavam de "incautos" para aplicar golpes. Ele reconhece que, neste caso, foi um deles:

"Com a Atlas, entendo que a maior parte das pessoas prejudicadas, como eu, acreditou que era um projeto seguro. Hoje, conhecendo melhor outros projetos, consigo avaliar que, como tantas outras pessoas, fui incauto com a Atlas."

A Atlas Quantum era uma das maiores empresas de criptomoedas do Brasil, até seu modelos de negócio começar a ruir em agosto de 2019. Entre as muitas polêmicas posteriores, há acusações de fraude e pirâmide financeira. Como tantas outras empresas, a Atlas diz que o início da crise foi um "hack" em seus sistemas.