Após o sucesso do Ethereum.Rio, primeiro evento da comunidade Ethereum no Brasil, a Ethereum Brasil está organizando o EthereumSP, entre os dias 09 e 11 de Setembro, dedicado a apoiar a construção da comunidade brasileira de web3 e da rede Ethereum.

O evento acontecerá no Cubo Itaú, em São Paulo, e é parte de um longo plano para a comunidade brasileira, que visa estimular projetos e empreendedores na área, a fim de nutrir um ecossistema que crie valor e oportunidades a partir da educação e do relacionamento entre seus membros.

“Os objetivos da EthereumSP e da Ethereum Brasil como um todo é de auxiliar pessoas e organizações que querem aprender e trabalhar com web3. Temos foco em fortalecer o ecossistema, oferecer suporte e orientação para o desenvolvimento de projetos, além de iniciativas educacionais, como a hackathon. Com isso, esperamos estabelecer pilares que possam contribuir para o crescimento da comunidade Ethereum no Brasil e na América Latina”, disse Conor Brady, co-fundador da Ethereum Brasil.

Segundo Brady, o evento está organizado em dois eixos principais: hackathon e launchpad. No dia 9, sexta-feira, será o início da hackathon, uma maratona de 56h para criação de projetos Blockchain e web3. O evento inicia com um dia repleto de workshops para preparar os hackers e dar acesso ao conhecimento necessário para construir soluções em web3.

O hackathon se encerra no domingo, e contará com três trilhas de premiações, todas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Além disso, também acontecerão workshops simultâneos sobre diversos temas.

No dia 10, sábado, acontecerá o launchpad, em paralelo ao hackathon. Voltado para empreendedores que estão desenvolvendo projetos mais maduros, o propósito é ser uma oportunidade de compartilhar experiências, boas práticas, e fomentar a conexão entre startups e investidores.

As inscrições para o evento seguem abertas e as informações podem ser acessadas no site oficial.

Descentralização

A rede Ethereum vai ser capaz de suportar os riscos de censura a curto e longo prazo, de acordo com o membro da comunidade Ethereum e investidor Ryan Berckmans.

A proibição da ferramenta de privacidade baseada no Ethereum Tornado Cash pelas autoridades dos EUA no início deste mês deixou muitos se perguntando se as transações do Ethereum também poderiam estar em risco de censura, especialmente após a transição iminente do Ethereum para um sistema de prova de participação.

Uma preocupação geral é de que as entidades que controlam uma grande parte do Ether (ETH), como Coinbase ou Kraken, comecem a censurar transações para cumprir as sanções dos EUA. Esse é um cenário improvável, de acordo com Berckmans, que vê a alta centralização do ETH apostado como um problema temporário.

Com o tempo, os custos de entrada no negócio de staking cairão devido à “maturidade das ferramentas de código aberto e experiência do setor, bem como ao perfil de risco geralmente reduzido”, disse Berckmans. Isso permitirá que mais e mais jogadores entrem no negócio de staking, reduzindo assim o domínio de grandes staking pools.

“A ideia de que eles serão capazes de censurar de forma sustentável as transações do usuário ou afetar a escolha do fork no Ethereum, não é uma ideia credível”, apontou Berckmans.

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