A advogada especialista em direito do consumidor Maria Inês Dolci escreveu na última quarta-feira, 22 de janeiro, no portal da Folha de S. Paulo, uma coluna em que dá conselhos ao consumidor sobre investimentos, recomendando que o investidor informe-se muito bem sobre onde e quanto está investindo, evitando aportar 100% do capital em um só investimento como o Bitcoin.

Segundo Dolci, o mercado tem tornado alguns tipos de investimentos antes restritos ao mercado financeiro mais acessíveis ao público em geral, como o investimento em criptomoedas, ouro, startups e imóveis. Segundo ela, "ganhos maiores implicam aposta bem mais elevada" - e queda também. Ela escreve:

"Quem fica tentado, devido à queda da taxa Selic, a investir em criptomoedas (Bitcoins), ouro, startups ou imóveis deve reservar parte de sua renda para aplicações convencionais, nas quais o risco –e o ganho– seja menor."

Além disso, é preciso "se informar muito bem sobre as condições, ameaças, desempenho ao longo dos últimos meses ou anor, e em sites de reclamações. E também sobre golpes mais frequentes", ela conclui. Segundo ela, há especialistas no mercado que ajudam o investidor a definir riscos e objetivos.

O mercado de ações no Brasil também atraiu mais investidores no ano passado, dobrando para 1,6 milhão de pessoas, conforme dados de novembro passado. Ela diz que a taxa básica em queda e um pouco acima da inflação estimula empresas e investidores e produzir, gerando mais emprego e renda.

A colunista, porém, pontua que no panorama brasileiro ainda há carência por uma boa educação financeira e em políticas eficazes para diminuir a inadimplência, além do combate necessário à desigualdade social, e reconhece que o aumento da pobreza é um dos fatores que contribui para que esta área tenha sido deficitária nos últimos anos.