O Banco Central do Brasil destacou que o Pix, novo sistema de pagamentos e transferências do BC, registrou mais de 1.570 transações, até as 17h, em seu primeiro dia de operação, movimentou mais de R$ 142 mil reais.
Ainda segundo o BC, algumas instituições apresentaram instabilidade no início da manhã mas, ao longo do dia, todos os problemas foram resolvidos.
O BC destacou também que as operações do Pix, no primeiro dia, foram consideradas "um sucesso" e atingiram as expectativas da instituição.
"Os dados estão dentro da nossa expectativa e, mais importante é que o sistema do BC não apresentou qualquer instabilidade", revelou Carlos Eduardo Brandt, chefe adjunto de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Bacen
Ainda segundo Brandt, nem todas as instituições autorizadas pelo BC a enviar um Pix registraram uma transação no novo sistema.
Brand afirmou também que 99% das transações do Pix neste primeiro dia foram realizadas em menos de 10s.
Segundo o BC a maior transação, via Pix, registrada neste primeiro dia foi de R$ 35 mil.
"Fim do TED e DOC"
O Pix, que pode ser um possível substituto das operações de TED e DOC, está sendo implementado de maneira gradativa.
Assim, segundo o BC, até o dia 09 de novembro as instituições autorizadas pelo BC podem "liberar" o Pix para até 5% de seus clientes, após esta data o número será ampliado até que chegue a 100%.
"Estamos prezando pela segurança dos usuários e a implementação tranquila do sistema, por isso estamos fazendo desta forma até que todos estejam adaptados ao sistema", destacou o BC.
O BC afirmou ainda que até as 17h o valor médio das transações enviadas pelo Pix foi de R$ 90.
"Mas este número pode mudar a qualquer momento, pois o sistema está ganhando corpo e ainda está em seu primeiro dia e em funcionamento restrito", afirmou.
Pix como "cartão internacional"
O Banco Central do Brasil já trabalha para o Pix substituir o SWIFT em algumas transações internaciais e pretende que, no futuro, o sistema também atue como um ''cartão internacional''.
Desta forma, segundo a proposta que vem sendo trabalhada dentro do Banco Central, seria possível enviar um Pix para brasileiros em outros países e também pagar, durante viagens, itens em outros países usando o Pix.
Contudo, ainda segundo o BC, a proposta só deve ser implementada entre 2022 e 2023.
"Possibilidade de você fazer um Pix fora do Brasil está na agenda evolutiva do Pix, mas não para ano que vem", destacou o diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, João Manoel de Mello.
Assim, por meio do PIX "internacional" também seria possível realizar pagamentos em viagens fora do país.
Embora o Banco Central não tenha fornecido mais detalhes sobre um possível PIX internacional, a proposta pode estar alinhada com a criação de uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC) para o Brasil.
Nesta linha, em diversas ocasiões, o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já declarou que próximas fases do PIX envolvem câmbio, CBDC, turismo e o que ele vem chamando de "aperfeiçoamento da moeda".
"No nosso caso é muito importante o PIX porque vemos daqui para frente a união de uma forma de pagamento instantâneo, aberto e interoperável. com um sistema de dados aberto. Onde ele se encontram em algum momento lá na frente junto com uma moeda que tem que ser aperfeiçoada", disse.
Assim, segundo ele, o Banco Central tem um projeto de simplificação dos processos de câmbio também para atender a esta demanda.
"A gente tem um projeto de simplificação dos processos de fechamento de câmbio e que vão combinar com uma moeda conversível”
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