Por meio de uma parceria entre o SINDICOMIS (Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo) e FEAAC (Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio) foi criada a Câmara Intersindical de Mediação de Conflitos (Cimec), que tem por objetivo mediar conflitos entre trabalhadores usando a tecnologia blockchain, conforme comunicado de imprensa compartilhado em 04 de julho.
A Cimec, segundo o comunicado, é a primeira instituição sindical a surgir no Brasil a partir da união dos interesses de duas entidades sindicais, uma patronal e a outra, laboral. e têm como patrono da entidade o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho.
De acordo com o comunicado na Cimec, um trabalhador ou empresário que discordar de algo (como, por exemplo, o cálculo de verbas rescisórias) pode marcar uma audiência de mediação, na qual não há a presença de um juiz, mas, sim, de um mediador aceito pelas duas partes.
A audiência pode ser presencial ou a distância e não precisa reunir as duas partes no mesmo instante. Tudo o que é apresentado, falado ou escrito fica registrado em blockchain (hyperledger com a IBM).
Em seu site, a Câmara explica que um dos seus propósitos é desafogar a Justiça do Trabalho, que, segundo informam, tem o Brasil como recordista mundial nesse quesito: “98% de todas as ações trabalhistas do planeta estão aqui, apesar de representarmos apenas 3% da população mundial”, segundo o comunicado.
Como reportou o Cointelegraph, o Instituto Rio Branco, criado em 1945, responsável pelo Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas e do Curso de Altos Estudos, obrigatórios para os diplomatas que almejam a ascensão na carreira, publicou o edital de 2019 para seleção de novos diplomatas no Brasil e passou a exigir que os candidatos saibam sobre blockchain e criptomoeda.