O pagamento do auxílio emergencial pode ser afetado com um impasse na Casa da Moeda, segundo o Seleções. Além do benefício pago pelo governo federal, a falta de acordo entre a empresa estatal e funcionários pode prejudicar também a emissão da nota de R$ 200.

Dessa forma, a Casa da Moeda pode pagar multa se não cumprir os prazos estipulados pelo governo federal. Porém, a empresa necessita de entrar em acordo com os funcionários para produzir o dinheiro solicitado em tempo hábil pelo Banco Central do Brasil.

No entanto, uma reunião sindical com funcionários da Casa da Moeda aponta que o acordo de hora extra não deve ser mantido entre as partes. Funcionários cobram melhorias da Casa da Moeda para que a produção de dinheiro aconteça em finais de semana e feriados.

Auxílio emergencial

O auxílio emergencial é um benefício concedido pelo governo federal durante a pandemia. Com parcelas reduzidas para R$ 300, o pagamento do auxílio emergencial será mantido até o final de 2020.

Porém, pode ser que o Brasil tenha problemas com a emissão de dinheiro para pagar o auxílio emergencial. A Casa da Moeda tenta prorrogar um plano de horas extras entre os funcionários, que não estão dispostos a aceitar o acordo.

Desse modo, a produção de cédulas no Brasil pode ser duramente impactada. Até então, os funcionários haviam aceitado o acordo de cumprimento de horas extras até o dia 31 de agosto.

Assim, com o plano de horas extras não sendo aprovado pelos funcionários, a Casa da Moeda pode enfrentar problemas para entregar o dinheiro que será utilizado no pagamento do auxílio emergencial.

Durante uma assembleia nesta última terça-feira (7), 127 funcionários votaram contra a prorrogação do plano de horas extras na Casa da Moeda. No total, 189 funcionários da empresa estatal participaram da votação.

Nota de R$ 200

Sem um plano de horas extras aprovado entre os funcionários, a Casa da Moeda enfrentará problemas com a emissão de dinheiro no Brasil. Além do auxílio emergencial, o impasse também reflete na produção da nota de R$ 200.

Anunciada recentemente pelo Banco Central do Brasil, a nota de R$ 200 com o lobo-guará já entrou em circulação. Porém, a produção da cédula pode ser impactada com a falta de acordo entre a Casa da Moeda e os funcionários.

Segundo reivindicação, um acordo coletivo em 2019 aumentou a contribuição dos funcionários em 50% em relação ao pagamento de plano de saúde. Até então, os funcionários da Casa da Moeda pagavam apenas 10% do valor do plano de saúde, enquanto que a empresa cobria 90% do gasto.

“Estamos tentando pelo menos manter as condições atuais de desconto do plano de saúde.”

Em entrevista a Seleções, o presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Roni Oliveira, afirmou que alguns funcionários podem abandonar o plano de saúde, se for preciso pagar o repasse de 50%.

Por outro lado, a Casa da Moeda alega que não existe negociação do acordo trabalhista de 2019. Ou seja, os funcionários deverão pagar 50% do valor dos planos de saúde.

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