A digitalização da economia, processo que ganhou um impulso ainda maior por meio do surgimento do Bitcoin e do desenvolvimento das criptomoedas, tem levado bancos tradicionais a rever sua estrutura em busca de se adequar aos novos tempos da economia digital.

Neste processo, dois dos principais bancos do Brasil, Itaú e Bradesco, anunciaram mudanças e, no caso do Itaú, mais de 3.5 mil funcionários serão desligados da empresa enquanto o Bradesco anuncia o fechamento de 300 agência em 2020, o que também deve ocasionar demissões.

No entanto o movimento não seria apenas impulsionado pelas novas tecnologias financeiras e sim por uma queda no lucros destas instituições que vem enfrentando forte concorrência de fintechs e startups que oferecem novas soluções financeiras baseadas em novas tecnologias como criptoativos.

No caso do Bradesco, em 2019, o banco já fechou cerca de 50 agências e vem investindo em app e novas formas de interação virtual com os clientes.Segundo Octavio de Lazari, presidente do Banco, os gastos operacionais do Bradesco devem ficar dentro do controle neste ano graças à decisões importantes tomadas pela instituição no início do ano e por isso as novas reduções previstas para o ano que vem.

Recentemente o banco declarou que não tem medo do Bitcoin e das criptomoedas mas do Libra, stablecoin do Facebook, "“Imagine um desses (em referência a Amazon, Google e Facebook) entrando no mercado e, com os milhões de clientes que esses casas têm, acessando os sistemas dos bancos? O sistema trava. Não há tecnologia que suporte”, alertou Lazari.

Já o Itaú, alega que os desligamentos atendem um programa de demissão voluntária que "teve como objetivo dar oportunidade a transição de carreira segura e voluntária para quem tinha o interesse em deixar a instituição financeira, além de adequar as estruturas da companhia à realidade do mercado", segundo declaração.

No entanto o Banco também vem reduzindo o quadro de funcionários buscando se adequar às novas 'regras' do mercado, no qual o dinheiro 'virtual' vem ganhando cada vez mais espaço. O Banco também vem investindo em novas tecnologias, inclusive em blockchain no qual possui diversos projetos.

Enquanto os bancos fazem uma revisão 'permanente' de seu estilo de negócio, soluções em pagamentos digitais vem crescendo no país inclusive o Banco Central do Brasil deve disponibilizar em 2020 um sistema de pagamentos instantâneos no qual usuários poderão realizar transferências financeiras usando apenas a lista de contatos do celular.

Como noticiou o Cointelegraph, no caso da digitalização da economia a Huawei, assinou um acordo de cooperação em pesquisa fintech, com a divisão de pesquisa em criptomoedas do Banco Central da China que, segundo especulações, deve emitir uma criptomoeda nacional em 2020.

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