Retraído na manhã desta terça-feira (6), o mercado de criptomoedas respondia por um market cap de US$ 2,92 trilhões (-0,7%), enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 93,9 mil (-0,4%) com dominância de mercado elevada a 64%, sentimento de neutralidade dos investidores (50%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, apesar do avanço de até 300% de alguns tokens, caso do modesto WLTH.
A retração das criptomoedas seguia o recuo dos índices S&P 500 e Nasdaq, encerrados em respectivos 5.650,38 (-0,64%) e 17.844,24 pontos (-0,74%). Mau humor que sucedia mais um decreto de imposição de tarifa pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No caso, a alíquota de 100% para filmes produzidos fora dos EUA, medida anunciada na esteira da divulgação de um relatório do pessimista do JP Morgan em relação ao desempenho do S&P 500, mesma direção seguida por outros grandes bancos.
As criptomoedas também refletiam o sentimento de cautela dos investidores com o início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), terça e quarta-feira (6 e 7), quando o colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed) define a taxa básica anual de juros praticada pelo banco central estadunidense, o que pode resultar em volatilidade para as criptomoedas.
Ainda que moderado, o fluxo de saída líquido de capital do mercado de criptomoedas coincidia com o avanço do Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, a 24,57 pontos (+8,3%).
Por outro lado, os fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em Bitcoin mantiveram pressão compradora através de US$ 425,45 milhões em entradas líquidas em meio à lateralização dos ETFs baseados em Ethereum (ETH), segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, recuava de 26 para 22 pontos em sinal de diminuição de rotação de capital para os tokens, segundo dados do CoinMarketCap. Em relação às principais altcoins em capitalização de mercado, o RAY recuava a US$ 2,29 (-13%), o FLR era trocado por US$ 0,018 (-8,3%), o WAL representava US$ 0,56 (-7,1%), o OP era vendido por US$ 0,61 (-7,1%), o FORM avançava a 2,48 (+6,1%) e o XMR respondia por US$ 287,08 (+4,1%), o XDC era comprado por US$ 0,074 (+2,9%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o SAROS valia US$ 0,15 (+16,7%), o MOVE se convertia em US$ 0,19 (+14,5%), o ICX pareava US$ 0,10 (+13,4%), o LRC estava quantificado em US$ 0,10 (+10,7%), o KEEP estava cotado a US$ 0,093 (+13%), o METFI se transformava em US$ 0,19 (+15,7%), o VRA atraía US$ 0,0029 (+30,9%) e o LYX era convertido em US$ 0,94 (+12,4%).
Chamava a atenção o desempenho do modesto Common Wealth (WLTH), precificado em US$ 0,0083 (+206%) com um pico de preço de 300%, US$ 3,3 milhões em volume de negociações em 24 horas (+6.300%) e US$ 6,8 milhões em capitalização de mercado (1.172ª colocação).
Gráfico de 24 horas do par WLTH/USD. Fonte: CoinMarketCap
A alta do token da rede Base parecia suceder um anúncio de capitação de US$ 15 milhões, já que Common Wealth (riqueza comum, na tradução em português) se apresenta como uma plataforma de investimentos Web3, uma espécie de Joint Venture descentralizada ou “earn-to-own”, a investidores de varejo.
No dia anterior, enquanto o Bitcoin recuava à espera do Fed, a Binance anunciou listagem e airdrop de 125.000.000 de nova criptomoeda ZK apoiada pela Microsoft, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.