Depois de um fim de semana de expectativa, o Bitcoin venceu no último domingo a barreira dos US$ 10.000, chegando perto dos R$ 44.000 nas exchanges do Brasil. O que virá a seguir?

Já nesta segunda-feira, porém, a maior criptomoeda sofreu uma correção de US$ 300 em alguns segundos, mantendo desde então seu suporte em US$ 9.800 (até as 18:00 desta segunda-feira).

Agora, os analistas tenta explicar quais podem ser os próximos movimentos do Bitcoin e os motivos para a criptomoeda ter vencido os US$ 10.000, apesar de ainda não ter estabelecido esta faixa como suporte.

Na mídia global, jornais de todo o mundo atribuíram a alta de 40% do Bitcoin no ano ao surto de coronavírus que começou na China e se espalhou por todos os continentes desde então. Segundo o Jornal de Negócios, de Portugal, o surto levou à queda das maiores bolsas de valores e à acelerou a procura por criptomoedas. Uma análise publicada pelo Cointelegraph Brasil, porém, diz que o surto da doença não é favorável para o BTC.

Com o halving no horizonte, a expectativa para o Bitcoin é de alta. Assim que o preço venceu os US$ 10.000, no domingo, uma análise do Cointelegraph mostrou que o preço venceu esta faixa por volta das 3:00 AM UTC.

O analista Mati Greenspan acrescentou:

“Esta não é a primeira vez que o bitcoin é avaliado acima de US$ 10.000 e pode não ser a última, mas é a primeira vez que a avaliação é justificável com base nos fundamentos da rede.”

No domingo, Joseph Young escreveu que três fatores podem ter levado à alta do Bitcoin no fim de semana: acumulação desde dezembro de 2019, aumento na atividade do investidor na cadeia e uma possível manipulação pelas baleias.

Ele ainda escreveu: 

"É provável que o rali do Bitcoin de US$ 6.400 a US$ 10.000 tenha começado como manipulação das baleias, com base na frequência e na consistência dos pedidos de falsificação. No entanto, ele pode ter despertado interesse no varejo, principalmente porque os investidores na Ásia começaram a acumular Bitcoin em antecipação ao halving que ocorrerá em cerca de três meses. Embora o preço do Bitcoin esteja atualmente em torno de US$ 10.100, os indicadores técnicos não mostram condições de sobrecompra nem sinais de um topo, o que poderia permitir que o BTC subisse ainda mais antes de recuar."

E o preço de fato caiu abaixo de US$ 10.000 em 10 de fevereiro. Os dados do Coin360 e do Cointelegraph Markets mostraram que o BTC / USD caiu em poucos segundos para US$ 9.850, seguido por um retorno até US$ 10.000 e subsequente flutuação na faixa superior de US$ 9.900.

Além disso, a ação coincidiu com o início de uma nova semana de negociação nos mercados futuros, com o Bitcoin preenchendo o gap restante no final das negociações na sexta-feira, 7 de fevereiro.

Na análise de preços desta segunda-feira, o analista Rakesh Upadhyay diz que o BTC enfrenta resistência agressiva perto dos US$ 10.300. Segundo ele, os compradores devem defender o suporte de US$ 9.600, enquanto os preços tentam uma fuga para além dos US$ 10.300. A partir daí, a próxima meta é US$ 11.500.