Um novo hard fork promete dividir a blockchain do Bitcoin Core (BTC) e criar uma nova rede e uma nova criptomoeda, o Bitcoin Ultimatum (BTCU) , que, segundo seus criadores, será "melhor" que a principal criptomoeda do mercado além de resolver 'problemas' atribuídos ao Bitcoin, contudo, até o momento, a proposta que vem fazendo pesada campanha de marketing, não possui qualquer documentação técnica disponível, nem whitepaper.

O BTCU 'chega' ao mercado levantando preocupações da comunidade que já presenciou como diversos forks do Bitcoin prometeram resolver seus problemas mas se mostraram projetos centralizados e, em muitos casos, golpe. Bitcoin Cash e Bitcoin Gold são alguns dos forks mais conhecidos e que, até o momento, não provaram ser melhor que o BTC. (O bitcoin SV é um fork do BCH e não do Bitcoin Core)

A equipe de desenvolvimento do BTCU é ligada a exchange Coinsbit, co-fundada por Nikolai Udianskyi, que promete que o novo criptoativo fornecerá uma plataforma de contratos inteligentes e swaps atômicos. Segundo a equipe o algoritmo de mineração não será o Proof-of-Work, como é o do BTC, mas o "LPoS (Lease proof of stake)" combinado com o "PoA (Proof of authority)". No qual LPoS será usado para mineração pelos usuários e o PoA para validação de transação.

Ainda segundo a equipe haverá, por conta do hard fork, a 'distribuição' de moedas grátis e todos os usuários que tiverem Bitcoin (BTC) poderam ganhar o BTCU na medida 1:1 desde que possuam moedas após o fork. Contudo, até o momento, não há wallet oficial divulgada e tampouco alguma exchange com suporte ao novo criptoativo (somente a Coinsbit que é a desenvolvedora do projeto).

A governança do novo ativo promete ser similar ao da EOS, com 20 validadores. Para evitar a centralização e o controle da rede, metade dos validadores será escolhida pela equipe e a segunda metade será determinada pela comunidade com base no princípio do PoA - eles serão determinados pelos 10 maiores detentores de moedas , que também podem ser validadores e detentores de nós principais. O algoritmo PoA também será modificado e diferente do modelo clássico - os validadores de transação poderão mudar e serão escolhidos pelos titulares de moedas, mas seu número permanecerá inalterado, segundo a empresa.

"O protocolo de confirmação de transação do PoA permitirá que os desenvolvedores realizem a taxa de transferência da blockchain no nível de 200 transações por segundo, com capacidade de escalar até 10.000 tps", declarou a equipe.

A equipe não informou em que altura haverá a divisão da rede o que levanta novas preocupações quanto a validade do projeto que tem distribuído comunicados de imprensa e publicações pagas em todo o mundo. Como recomendação, o Cointelegraph pede aos usuários que façam sua própria pesquisa antes de realizar qualquer ação e que nunca compartilhem sua chave privada com qualquer usuário ou serviço.

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