A capitalização de mercado é uma das métricas mais importantes para medir a saúde, o potencial e a confiança dos investidores em um criptoativo. E, principalmente, está diretamente relacionada ao preço do ativo no mercado à vista. Até hoje, o Bitcoin (BTC) foi o único que conseguiu ultrapassar a marca simbólica de US$ 1 trilhão, mas, apesar do momento difícil e imprevisível do mercado neste começo de 2022, outras criptomoedas podem atingir tal marca antes do que a maioria dos investidores possa imaginar.

Uma pesquisa de preços de mercado de criptomoedas divulgada pelo site de análise da indústria de ativos digitais Crypto Head revelou em quanto tempo Bitcoin, Ethereum (ETH), Cardano (ADA), XRP e Binance Coin (BNB) poderão atingir a marca de US$ 1 trilhão em capitalização de mercado se continuarem a manter a taxa média anual de crescimento que ostentam desde que foram lançadas, como revela reportagem publicada pela Forbes no domingo, 17.

Cotado em torno de US$ 39.350 na manhã desta segunda-feira, o Bitcoin possui atualmente uma capitalização de mercado de US$ 748 bilhões, de acordo com dados do CoinMarketCap. O valor fica 40% abaixo da máxima histórica de US$ 1,26 trilhão alcançada em novembro de 2021, ano em que a maior criptomoeda do mercado superou a marca de US$ 1 trilhão pela primeira vez na sua história.

A segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado jamais chegou a se aproximar desse nível. A máxima histórica da capitalização de mercado do Ethereum foi de US$ 569 bilhões, também em novembro do ano passado. Hoje, encontra-se na faixa de US$ 354 bilhões.

Se ambas mantiverem a taxa de crescimento anual que registraram até hoje, ainda em 2023 as duas podem chegar mais ou menos ao mesmo tempo à marca de US$ 1 trilhão em capitalização de mercado. A taxa de crescimento anual do Bitcoin é de 159%, e a do Ethereum é de 308%.

Ostentando taxas de crescimento anual superiores às dos líderes, o BNB (615%) e o ADA (423% podem atingir US$ 1 trilhão em capitalização de mercado em 2024. Com uma taxa de crescimento inferior, o XRP possivelmente ultrapasse a marca de US$ 1 trilhão apenas em 2028.

A pesquisa também projetou o crescimento de empresas ligadas à indústria e identificou que a primeira candidata a alcançar US$ 1 trilhão em valor de mercado é a Galaxy Digital Holdings. Liderada por Mike Novogratz, a Galaxy Digital é uma empresa de gestão de investimentos e serviços financeiros que trabalha junto a instituições e clientes diretos oferecendo soluções financeiras que abrangem de forma ampla o ecossistema de ativos digitais. Pela projeção, a Galaxy Digital deve atingir a marca em 2026.

Comandada pelo ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, a Block encaminha-se para chegar a US$ 1 trilhão em valor de mercado até 2029. Importante ressaltar que empresas do setor cujo valor de mercado não tenha sido divulgado no máximo até o início de 2019 não foram incluídas no levantamento. Assim, grandes exchanges como BinanceCoinbase e FTX foram excluídas da pesquisa.

Direção do mercado

À primeira vista, as previsões da pesquisa da Crypto Head podem parecer demasiadamente otimistas, dada a situação atual do mercado. No entanto, embora a taxa de crescimento das principais criptomoedas do mercado possam ser afetadas diante da recente queda, a tendência é que o mercado retome o crescimento e no médio prazo novas máximas históricas de preço e de capitalização de mercado sejam registradas.

Força motriz do mercado, o Bitcoin vem mostrando uma forte correlação com as ações das empresas de tecnologia desde o início deste ano. Uma alta da taxa de juros dos EUA mais agressiva com vistas à contenção da inflação e os custos econômicos decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia desfavorece os ativos de risco.

Atualmente, o Bitcoin encontra-se em um período de acumulação e de alta volatilidade, que deve prevalecer no curto prazo. No entanto, mais cedo ou mais tarde deve haver uma reversão de tendência, conforme pontou o estrategista do DailyFX, Paul Robinson, na reportagem da Forbes:

“O Bitcoin caiu muito durante o último trimestre de 2021, mas, durante os primeiros três meses de 2022, passou por um período de negociação relativamente sem direção clara. Normalmente, uma vez que o Bitcoin começa a rolar, não demora muito para que ele desperte um novo nível de interesse do mercado. A contração do preço nos últimos três meses pode continuar a tornar as coisas agitadas no curto prazo, mas dada a natureza da volatilidade e o fato de que estamos falando do Bitcoin, é provável que o interesse aumente novamente à medida que avançamos para o meio do ano".

Em um fim de semana com liquidez reduzida nos mercados em função da Páscoa, o Bitcoin perdeu o suporte de US$ 40.000 e começa a semana operando em queda de 2,8% nas últimas 24 horas, e o Índice de Medo e Ganância Cripto está de volta à zona de medo extremo, anotando 24 pontos, como noticiou o Cointelegraph Brasil.

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