Um projeto brasileiro de blockchain e criptomoeda promete investir 20% da arrecadação em projetos sustentáveis na Floresta Amazônica. A notícia foi publicada pelo Portal Amazônia em 15 de outubro.
A criptomoeda Amazoncoin seria uma parceria entre a holding KBC e o Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (INEPP), que não é um órgão estatal. Ambos desenvolveram um protocolo de confiança e um modelo de negócios para a lançar a criptomoeda, que também teria produção sustentável e visa o mercado de créditos de carbono.
A matéria diz que a rede blockchain é baseada na tecnologia Proo-of-Concept (PoC), que gastaria menos energia e menos CO2 na atmosfera quando comparada à Proof-of-Work usadas pelo Bitcoin e outras altcoins. O texto diz:
"Os times do INEPP e da KBC criaram um modelo de negócio cujo ecossistema visa a transacionar créditos de carbono e a integrar a cadeia produtiva de reflorestamento à cadeia produtiva de mineração de criptoativos, inserindo a preservação ambiental de forma efetiva no mundo digital. Assim, eles desenvolveram o modelo Amazonascoin."
Segundo o chefe de estratégia do projeto, Clynson Oliveira, o projeto "encurta o espaço entre o investidor ou o projetista". 62 milhões de moedas teriam sido mineradas, com lançamento da oferta inicial previsto para 10 de dezembro.
A matéria diz que de 20% dos fundos arrecadados devem destinados a projetos sustentáveis na região, com os projetos registrados em uma plataforma aberta. O restante teria como destino os desenvolvedores do projeto.
Curiosamente, Amazoncoin também seria um suposto projeto de criptomoeda da gigante de e-commerce Amazon, mas o projeto nunca foi confirmado pela empresa norte-americana.
A Amazônia já foi tema de outras iniciativas relacionadas a blockchain recentemente. Em setembro, o especialista em tecnologias digitais disse em entrevista que, sem desmatamento e com blockchain, a Amazônia poderia dar ao Brasil R$ 35 bilhões por ano através da exploração sustentável da região.