Embora não seja possível afirmar se a estabilização do Bitcoin (BTC) nos últimos dias continuará no médio e longo prazo, a alta semanal de 12,63% da criptomoeda no acumulado da tarde desta sexta-feira (8), quando o BTC era negociado pouco acima dos US$ 21,8 mil, refletiu-se nas ações das mineradoras de criptomoedas de capital aberto que, em média, subiram cerca de 10% entre a última quarta (6) e quinta-feira (7).
Os investidores provavelmente estavam incertos sobre como as mineradoras listadas reagiriam ao mercado de baixa, mas se sentem mais confiantes ao ver o preço da maior criptomoeda do mundo por valor de mercado se estabilizar, explicou Jaran Mellerud, pesquisador da Arcane Research, com sede em Oslo, na Noruega.
No topo da lista está a Digihost (DGHI), com alta de 26,6%, seguida pela TerWulf (WULF), com 18,94%, cuja valorização disparou no último dia 5 de julho com o anúncio da adição de US$ 50 milhões a um empréstimo de US$ 123,5 milhões firmado junto à fornecedora de serviços corporativos Wilmington Trust. Na terceira colocação aparece a Marathon Digital (MARA), com 17,62%.
“É possível que algumas pessoas estejam apostando que, se o Bitcoin não estiver caindo para US$ 18.000, este pode ser um momento sexy para começar a acumular alguns dos mineradores”, que, no entanto, valem a pena. Ao mesmo tempo, muitas mineradoras ainda estão aumentando muito seu exahash [medida de poder de computação na rede Bitcoin] neste ano”, afirmou Joseph Vafi, diretor administrativo da análise de ações na instituição financeira de financiamento Canaccord Genuity, que inclui a Argo Blockchain (ARBK), a Iris Power (IREN) e a Hut 8 Mining (HUT).
Em nota assinada na última semana pelo analista sênior de pesquisa Christopher Brendler, o banco de investimentos DA Davison reduziu sua expectativa de crescimento de poder computacional para o resto do ano. Mesmo assim, os números ainda indicam um aumento de hashrate de 37% ao longo dos últimos três trimestres de 2022 para as cinco mineradoras analisadas por ele: Argo Blockchain, Hut 8 Mining, Core Scientific (CORZ) e Riot Blockchain (RIOT).
Enquanto isso, a dificuldade de mineração de Bitcoin reduziu 6,7% desde o último dia 22 de maio, ocasião em que os mineradores desconectaram máquinas não lucrativas, o que se reverteu em maior facilidade aos mineradores remanescentes.
O aumento do poder computacional também foi sentido em uma criptomoeda que conecta o mundo da mineração com as finanças descentralizadas (DeFi), que registrou alta de 115% em 24 horas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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