Um estudo divulgado pela nesta sexta, 17, pela Statista, revelou que o número de investidores de criptomoedas no Brasil vai crescer mais de 969% em 2025. Conforme a plataforma, até o final de 2025, cerca de 32 milhões de brasileiros entrarão para o mundo das criptomoedas, impulsionando significativamente o setor.
Atualmente, segundo dados da Receita Federal, o Brasil conta com pouco mais de 3 milhões de investidores de criptomoedas, sendo 2.992 milhões de investidores pessoa física e 25 mil investidores pessoas jurídicas.
Segundo projeções do mercado, a receita do setor deve atingir a marca de US$ 2,0 bilhões em 2025. Esse crescimento reflete a crescente adesão dos brasileiros às moedas digitais, impulsionada pela facilidade de acesso, maior compreensão sobre o tema e a busca por alternativas de investimento.
O ticket médio por usuário também deve crescer e a expectativa é que cada investidor gaste, em média, US$ 63,4 em criptoativos no próximo ano
No entanto, apesar do crescimento do mercado nacional, quando comparado com outros países, o mercado de criptomoedas nos Estados Unidos lidera com folga, com uma receita estimada em US$ 9,4 bilhões em 2025.
A projeção de crescimento do mercado de criptomoedas no Brasil crescimento do mercado de criptomoeda no Brasil ganha 'corpo' com os dados de outro levantamento, realizado pela Consensys em dezembro do ano passado.
O estudo revelou que 96% dos brasileiros já ouviram falar ou conhecem Bitcoin e criptomoedas. Segundo a pesquisa, destes 96%, 56% sabe o que são criptoativos e 40% estão cientes, mas não têm certeza de que entendem o que são criptomoedas.
O estudo também aponta que os custos continuam sendo o principal impedimento à entrada no mercado de criptomoedas, com 47% dos entrevistados afirmando que "é muito caro", um aumento expressivo em relação a pesquisas anteriores.
A pesquisa também revelou que 43% dos brasileiros afirmaram já ter investido ou possuir criptomoedas, superando a média mundial de 42%. O Nordeste é líder nacional, com 45,3% de investidores, seguido pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). Além disso, 16% dos brasileiros atualmente possuem criptomoedas, com destaque para o Nordeste (17,3%).
O relatório da Consensys também aponta que 42% acreditam que "essa tecnologia não é inovadora ou diferente do que já existe atualmente", representando outro crescimento significativo nesse tipo de percepção.
Mais de 100 empresas para atender ao mercado
Para atender este mercado, o Banco Central do Brasil acredita que mais de 100 empresas devem pedir autorização para comercializar Bitcoin e criptomoedas no país, após a publicação das normas para o mercado.
O BC destacou que após o pedido das empresas, a estimativa é que as autorizações podem variar de 1 ano, autorização prévia, a 3 anos, para quem já está operando.
Carolina Bohrer, chefe de Unidade do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Sistema Financeiro Nacional (Deorf), revelou que o BC ainda não tem uma estimativa clara de quantas empresas estão operando no mercado.
Bohrer declarou ainda que o processo de autorização será feito em duas fases, pois o BC não contará com novos funcionários para a operação que vai envolver a autorização para as prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSVAs) e para outras atividades relacionadas aos criptoativos.
A executiva do BC declarou também que as empresas que forem reprovadas na primeira fase, terão que suspender as operações no Brasil e entrar com pedido de autorização prévia, no entanto, eles vão para o 'final da fila',
"Quanto mais informações houver nos pedidos, mais rápido é o processo. No caso das empresas que forem para a segunda fase, será necessário um maior detalhamento das informações", revelou.