Em alta, o Bitcoin (BTC) estava precificado em torno de US$ 24,6 mil (+11,18%) na manhã desta quinta-feira (16). O avanço do benchmark cripto pode ser compreendido a partir da correlação com o mercado de ações, em especial os papéis das gigantes empresas de tecnologia listadas na Nasdaq, uma das maiores bolsas dos EUA. Não por acaso, os índices S&P 500 e Nasdaq também avançavam ao operarem em 4.147 (+0,28%) e 12.687 pontos (+0,77%) respectivamente, enquanto o mercado cripto movimentava US$ 1,11 trilhão (+8,25%).
A atração dos investidores para o mercado de criptomoedas pode não ter sido um pulo de gato morto. Um exemplo do otimismo veio do conglomerado Bershire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, um desafeto declarado do Bitcoin, que pivotou para o lado do Tesouro dos EUA no ano passado e, no quarto trimestre de 2022, ampliou suas participações na Apple (AAPL), que operava em 155,33 pontos (+1,39%).
Por outro lado, dados do Departamento do Comércio divulgados quarta-feira (15) apontaram alta de 3% em janeiro nas vendas de varejo no comparativo com dezembro na maior economia do mundo. O sinal de aquecimento econômico é desfavorável às pretensões do Federal Reserve (Fed), que pode responder de forma agressiva em março com uma elevação mais acentuada na taxa de juros, apesar do recuo da inflação divulgado um dia antes, quando o Bitcoin começou a avançar e as altcoins subiram até 45%.
A maioria das principais altcoins por capitalização de mercado não acompanhava a amplitude da alta do BTC, apesar de apresentarem altas significativas. O ETH estava precificado em US$ 1.684 (+8,82%), o BNB valia US$ 321 (+8,14%), o XRP respondia por US$ 0,40 (+5,86%), o MATIC era transacionado por US$ 1,36 (+9,79%), o DOGE estava cotado em US$ 0,088 (+2,95%), o SOL se convertia em US$ 23,72 (+9,91%), o ATOM estava avaliado em US$ 14,07 (+6%) e o LINK perfazia US$ 7,28 (+7,58%).
Em relação às altas de dois dígitos, que se apresentavam mais expressivas e em maior quantidade, o OP estava precificado em US$ 2,85 (+19,59%), o MAGIC valia US$ 1,95 (+16,51%), o RNDR se nivelava em US$ 2,02 (+17,45%), o AVAX era trocado de mãos por US$ 19,88 (+10,63%), o BLUR estava precificado em US$ 1,12 (+47%), o FLOKI representava US$ 0,000052 (+63%), o ACH se transformava em US$ 0,023 (+44%), o QRDO estava pontuado em US$ 0,22 (+42,75%), o RFR estava cotado em US$ 0,0077 (+80%), o AHT se equiparava a US$ 0,012 (+53,16%), o DREP estava precificado em US$ 0,62 (+76%) e o KEY era comprado por US$ 0,0059 (+52,84%).
Um dos destaques era o CFX, token nativo da blockchain de camada um (L1) Conflux, transacionado a US$ 0,139 (+130%), que já havia apresentado ascensão de 129% no final de janeiro após adoção do ‘instagram chinês’.
Gráfico diário do par CFX/USD. Fonte: CoinMarketCap
Pelo que era possível perceber pela movimentação de preços no gráfico, a alta do CFX coincidiu com o anúncio de uma parceria entre a Conflux e a China Telecom, segunda maior operadora sem fio da China, detentora de mais de 390 milhões de assinaturas móveis, para desenvolvimento de cartões SIM habilitados para blockchain.
Segundo a Conflux, o novo chip será habilitado para Web3, mecanismos de prova de participação (PoS) e de trabalho (PoW) da Conflux, armazenamento de chaves públicas e privadas dos usuários sem que a assinatura digital saia do cartão, recuperação de chaves e outras funções. De acordo com a startup, a fase de pesquisa e desenvolvimento do BSIM está concluída com a conexão de um protótipo à rede, incluindo as funções de armazenamento e envio de criptomoedas.
China Telecom, 2nd largest wireless carrier in China 🇨🇳 (390+ million mobile subscribers), has partnered with Conflux to develop Blockchain-enabled SIM cards - BSIM! pic.twitter.com/LQxz34L432
— Conflux Network Official (@Conflux_Network) February 15, 2023
Entre as explosões das últimas horas também estava o WEMIX, trocado de mãos por US$ 1,83% (+42,43%), token que foi listado esta semana pela exchange brasileira Mercado Bitcoin (MB) e que acumulava alta mensal de 195% na última quarta-feira, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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