Na manhã desta terça-feira (11), o mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 2,65 trilhões (-2%), enquanto o Bitcoin (BTC) era transferido a US$ 81,7 mil (-0,5%) com 61,1% de dominância de mercado, sentimento de medo extremo dos investidores (15%) e a maioria das altcoins no vermelho, apesar da alta de até dois dígitos percentuais de alguns tokens.

A forte correção do Bitcoin, que chegou a esbarrar no suporte de US$ 76,6 mil, sucedeu novas declarações de Donald Trump, alvo de questionamentos relacionados à manipulação de mercado. À Fox News no último domingo (9), o presidente dos Estados Unidos não descartou que as medidas promovidas por ele podem causar recessão na maior economia global, pelo retorno da inflação com o repasse das tarifas de produtos de outros países. Cenário que, para especialistas, deve ampliar a volatilidade do Bitcoin.

"Detesto fazer previsões como essas", disse Trump sobre a possibilidade de recessão.

As palavras do presidente, que destacou um “período de transição” na economia dos EUA, foram sucedidas da escalada da aversão ao risco, tombo nas bolsas, pânico no mercado de criptomoedas e liquidação massiva de traders alavancados. No primeiro caso, os índices S&P 500 e Nasdaq, historicamente correlacionados ao desempenho do BTC, encerraram em 5.614,56 (-2,70%) e 17.468,32 pontos (-4,00%).

O Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, encontrava-se avançado a 27,18 (+16,30%). Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) recuaram em respectivos líquidos de US$ 278,55 milhões e US$ 34,00 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

No mercado de Futuros de criptomoedas, o interesse aberto se encontrava recuado a US$ 87,8 bilhões (-1,95%) com volume de negociações de US$ 287,5 bilhões (+30,6%) nas últimas 24 horas. Nesse período, a liquidação de traders alavancados de criptomoedas chegava a US$ 886,6 milhões (+36,3%), sendo US$ 709,6 milhões em posições compradas (long) e US$ 177 milhões em posições vendidas (short), de acordo dados da plataforma Coinglass.

No radar dos investidores de criptomoedas esta semana também estão o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o Índice de Preços ao Produtos (PPI), a serem divulgados quarta (12) e quinta-feira (13), respectivamente, pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O que deve apontar o norte do Federal Reserve (Fed) em relação à taxa básica anual de juros do banco central daquele país, que deve impactar mercados como o de criptomoedas. 

O índice altseason, que afere o desempenho trimestral dos principais tokens em capitalização de mercado, encontrava-se recuado a 15 pontos em sinal de pouca rotação de capital em direção às altcoins. Nesse grupo, o LDO recuava a US$ 0,87 (-14,4%), o FET derretia a US$ 0,46 (-14%), o UNI valia US$ 6 (-10,7%), o ENA era comprado por US$ 0,41 (-9,1%), o JASMY se nivelava por US$ 0,012 (-9,5%), o ZBZN era vendido por US$ 0,0010 (-30%), o SPX recuava a US$ 0,28 (-26,8%) e o IP avançava a US$ 5,25 (+3,5%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o MOVE atingia US$ 0,51 (+10,5%), o B3 estava precificado em US$ 0,0079 (+21,5%), o IOST representava US$ 0,0051 (+24,4%), o ULTIMA era negociado por US$ 17.572,92 (+19,6%), o AB valia US$ 0,014 (+17,1%), o RARE era vendido por US$ 0,11 (+19,2%), o RAD se convertia em US$ 1,02 (+39,9%), o REZ estava cotado a US$ 0,026 (+10,4%) e o CLV estava quantificado em US$ 0,031 (+14%).

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estavam ELX na Bithumb e Poloniex, LVVA na Kucoin e Huobi, MERY na Crypto.com, RED na Bitvavo, AVERY na Gate.io, BMT na LBank.

No dia anterior, as criptomoedas iniciaram uma semana de medo extremo enquanto baleias e tubarões aproveitavam o pânico das sardinhas para comprar a queda do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.