As criptomoedas dos games, CryptoCars, CryptoPlanes e CryptoGuards, desabaram em até 99% depois que várias ações dos desenvolvedores jogaram luz sobre os games, que prometiam ser um um metaverso, serem apenas um golpe para roubar dinheiro dos investidores.

Segundo informações do portal Livecoins, tudo começou com o game CryptoCars (CCAR), que depois de lançado começou a ganharam fama entre a comunidade de gamers no Brasil reunindo quase 30 mil pessoas no Telegram e um total de 136 mil holders do token do game.

O jogo era simples e funcionava basidamente como um sistema de faucet, no qual os usuários ganhavam a criptomoeda nativa do game apenas por clicar em determinados lugares. No entanto a reportagem destaca que havia diversas promessas de melhorias na jogabilidade e nos gráficos do game.

O sucesso do jogo, aliado ao hype em torno dos jogos play-to-earn e as promessas dos desenvolvedores acabaram fazendo a equipe lançar outros games similares, como o CryptoPlanes (CPAN) e CryptoGuards (CGAR) que, segundo a equipe, seriam reunidos no metaverso CryptoCity.

Contudo, os desenvolvedores do game teria sacados as moedas do jogo antes do prazo prometido, que seria de 12 meses e retiraram, do site oficial de todos os jogos, as fotos e informações de todos os responsáveis pelo projeto.

Além disso, o CEO do game também desapareceu e o Discord oficial do game foi desativado, com ajustificativa que se tratava do Ano Novo Chinês e que ele seria reaberto só em 7 de janeiro para dar uma 'folga' para a equipe. Com as ações os tokens dos games caíram mais de 99% e a comunidade começou a acusar os projetos de serem scans.

“Devido ao Ano Novo Lunar (que foi anunciado de 27 de janeiro a 7 de fevereiro), o discord será encerrado. Obrigado pela compreensão de todos e as novas atualizações se tornarão depois disso”

Golpes no metaverso

Com a popularização das plataformas de metaverso também estão se popularizando os golpes neste ecossistema.Um desses casos foi apontado pelo especialista em games e criptomoedas Lan Tianming, como relata o CriptoFácil.

Conforme informou Tianming, os games “Nong X World”, “X Valkyrie”, “Colonial X Star”, “Binance XX” são golpes que usam o termo metaverso para se propagar. Além disso, o analista apontou que o game “Meta Universe Blockchain Game” vem usando a suposta venda de NFTs, que podem ser pagos com Ethereum, AXS e WAXP, como uma forma de arrecadar dinheiro e enganar pessoas.

“Não passa de um game 2D antigo na Web. Ele foi redesenhado para parecer algo novo e que após a venda dos NFTs não terá desenvolvimento nenhum”, disse.

Tianming também destacou que o Agriculture X World, no qual os jogadores precisam comprar ferramentas como serras, machados e varas de pesca, é outro golpe. Em comum, todos estes games, segundo o analista, no máximo irão funcionar por três meses.

“O game ‘Lucky XX Zodiac’ tinha um investimento inicial de R$ 1 mil para jogar e chegou a dar um retorno de 12%. Entretanto, depois de quatro meses, o jogo saiu do ar e todo mundo ficou sem o dinheiro investido. O mesmo ocorreu com o Dragon and Phoenix. Depois de apenas 3 dias de jogo, a plataforma foi desligada e todo mundo perdeu tudo”, disse.

Por fim, o analista afirmou que já existem até “fabricas” que vendem o pacote completo de um game fake de metaverso.

“Os modelos de jogo metaverso incluem token, terrenos, NFTs e uma proposta play-to-earn. Este pacote completo custa de R$ 150 mil a R$ 400 mil. Depois disso é só lançar a ideia, fazer o marketing, ganhar dinheiro e sumir”, disse.

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