Sexta-feira, 18 de janeiro - O mercado de criptomoedas continua calmo nesta sexta-feira, com as dez principais moedas variando seus preços em torno de 3% nas últimas 24 horas, conforme mostram os dados da Coin360.
Visualização de mercado da Coin360
No entanto, no ranking de exchanges de criptomoedas da CoinMarketCap (CMC) por volumes diários ajustados, algumas grandes reviravoltas estão em andamento. Nas últimas 24 horas, a exchange chinesa ZB.com registrou um aumento de 80% no volume de negociações, atingindo US$ 606,7 milhões e tomando a posição da Binance no topo da CMC.
A ZB.com está atualmente classificada como a maior exchange global. No entanto, apenas durante a produção desta notícia a LBank, exchange baseada na China, ocupou e deixou o primeiro lugar, registrando um aumento de mais de 150% nas negociações no dia e atingindo volumes entre US$ 800-900 milhões. No momento da publicação dessa notícia, os volumes de trocas haviam diminuído rapidamente para em torno de US$ 380 milhões, com a exchange ocupando a quarta posição do ranking.
Três maiores exchanges de criptomoedas por volume diário ajustado. Fonte: CoinMarketCap
Segundo dados da CoinMarketCap, cerca de 47% do volume de transações na ZB.com é contabilizado pelas negociações de Qtum-Tether (QTUM / USDT).
Já os volumes de negociação da antiga plataforma Binance caíram 14%, com cerca de US$ 550 milhões em negociações.
Comentaristas de criptomoedas analisaram no Twitter o volume das negociações. O TheFist destacou:
“[Isso] parece uma grande manipulação de mercado da ZB.com levando a maioria dos ativos digitais e tentando pegar ingênuos. Os chineses estão jogando a última noite[.]”
Enquanto isso, de acordo com um tweet da ZB.com de 16 de janeiro, o site de classificação de criptomoedas CoinGecko lançou seu próprio ranking de exchanges para o quarto trimestre de 2018, colocando a ZB.com como a segunda maior em volume médio relatado:
Ranking de exchanges de criptomoedas da CoinGecko para o primeiro trimestre de 2018. Fonte: ZB.com Twitter
Consideravelmente menos volátil, o Bitcoin (BTC) registrou uma mudança de preço insignificante nas últimas 24 horas, com queda de 0,45% no dia para US$ 3.645. Depois de uma semana em baixa, chegando a U$$ 3.550 em 13 de janeiro, o Bitcoin se recuperou, caindo apenas 1,6% no seu gráfico de 7 dias. No acumulado do mês, a moeda registra alta de 3%.
Gráfico de preços - Bitcoin últimos 7 dias. Fonte: CoinMarketCap
A Ripple (XRP) - que recuperou a sua posição de maior altcoin em valor de mercado - também sofreu uma leve alteração de preço no dia, perdendo 1,2% e negociado a US$ 0,32 no momento de publicação dessa matéria. Com um valor de mercado de US$ 13,3 bilhões no mesmo horário, a Ripple estava à frente apenas da Ethereum (ETH), que tinha valor de mercado de US$ 12,6 bilhões, segundo dados da CoinMarketCap.
Na semana, a Ripple caiu cerca de 3,5% e 2,4% no mês.
Gráfico de preços - Ripple últimos 7 dias. Fonte: CoinMarketCap
A Ethereum registrou uma perda similar de 1,6%, negociada em torno de US$ 121. A altcoin caiu quase 6% em seu gráfico de 7 dias. No acumulado do mês, no entanto, a moeda tem alta de 27%.
Gráfico de preços - Ethereum últimos 7 dias. Fonte: CoinMarketCap
Entre as demais moedas do top 10 da CoinMarketCap, todas estão no vermelho, com perdas inferiores a 3%. A EOS (EOS) registra as maiores quedas no dia, caindo 2,7% no momento dessa publicação.
Entre as vinte maiores, as perdas também estão lem torno dos 3% - com a Ethereum Classic (ETC) registrando a maior queda, de 3,2% no dia para US$ 4,33. A Binance Coin (BNB) e a IOTA (MIOTA) são as únicas moedas operando no positivo, com a primeira apresentando alta de 3,9% e, a segunda, subindo menos de 1% no mesmo horário.
A capitalização do mercado, considerando todas as criptomoedas, estava em torno de US$ 121,2 bilhões na publicação dessa notícia, crescendo 1,6% no acumulado da semana.
Gráfico de capitalização de mercado das criptomoedas - Últimos 7 dias. Fonte: CoinMarketCap
Nadando contra a maré, o analista de investimentos da Morgan Creek Chris King afirmou hoje pelo Twitter:
“Eu costumava bater em títulos tokenizados. Como novas informações sobre o mercado foram apresentadas, eu mudei completamente a minha visão. Pouco valor será capturado por títulos tradicionais “tokenizados”. - sem prêmio de liquidez - sem demanda - sem criação de valor.”
Os títulos tokenizados têm ganhado relevância entre os líderes do setor, como exemplificado pelas palavras do especialista em Bitcoins e cofundador da bolsa de valores Gemini, Cameron Winklevoss, que recentemente afirmou:
“Eu acho que na próxima onda haverá a inovação real e os ativos realmente interessantes vão se tornar tokenizados - como imóveis e prédios que atualmente não são negociados de uma forma realmente líquida. Então isso é empolgante.”