O preço do Bitcoin (BTC) subiu mais de US$ 1.000 desde o fechamento semanal no domingo e buscava a consolidação dos US$ 66.000 como suporte no início da tarde desta segunda-feira.
Impulsionado pelo frenesi em torno do halving do Bitcoin – e do lançamento do protocolo Runes, que cria um novo mercado de memecoins na rede da criptomoeda pioneira –, o preço do BTC pode ter deixado para trás a recente correção, acredita Arthur Driessen, analista do canal Crypto Investidor.
A correção foi causada por uma combinação de diversos fatores que ainda estão em jogo. O aprofundamento da crise geopolítica no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel; a deterioração do cenário macroeconômico nos Estados Unidos, que coloca em xeque uma potencial redução das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed) em 2024; e a diminuição dos aportes nos ETFs de Bitcoin à vista.
Ainda assim, Driessen acredita que as mínimas de US$ 59.600 registradas na quarta-feira, 17 de abril, podem ter consolidado o fundo da correção pré-halving do Bitcoin, indicando uma potencial reversão de tendência:
"Com o halving que ocorreu na última sexta-feira, 19 de abril, o BTC pode ter marcado o fundo de um movimento ABC e formado uma bandeira de alta nos gráficos diário/semanal. O rompimento dessa bandeira se encontra na região de US$ 72.800 e a projeção para os próximos alvos de alta está entre US$ 100.000 e US$ 135.000 ainda neste ano."
Gráfico diário anotado BTC/USDT (Binance). Fonte: Crypto Investidor
Além dos desdobramentos imprevisíveis do conflito no Oriente Médio, a divulgação de dados da economia dos EUA ao longo da semana podem configurar um cenário de baixa para o preço do Bitcoin.
Esta semana nos Estados Unidos serão anunciados o produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, os pedidos de auxílio-desemprego, culminando com a impressão do Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de março, na sexta-feira, 26 de abril. O PCE é reconhecidamente o indicador de inflação preferido do Fed e será observado com atenção pelos mercados financeiros.
Uma combinação de fatores geopolíticos e macroeconômicos negativos pode levar o Bitcoin a retestar o suporte da atual correção, alerta Driessen:
"Caso o BTC venha a perder o fundo dos US$ 59.000 invalidará a bandeira de alta e poderá buscar o próximo suporte na região de US$ 53.000."
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o otimismo está aos poucos retornando ao mercado de criptomoedas. Além do Bitcoin, BNB, Near (NEAR), Mantle (MNT) e Render (RNDR) poderão recuperar as perdas dos últimos dias.