Depois de retomar as atividades após o feriado do Ano Novo lunar, que foi estendido por conta da crise do Coronavírus, as bolsas de valores da China fecharam hoje, 03 de fevereiro em uma queda acentuada, deixando claro a instabilidade no país por conta da doença que vem se espalhando pelo mundo.

O Shenzen Composto, índice de referência da Bolsa de Shenzen, despencou 8,41% e o Xangai Composto, da Bolsa de Xangai, caiu 7,72%. Enquanto isso, no momento em que as bolsas chinesas registraram seu fechamento em forte queda, o Bitcoin chegou a registrar aumento de mais de US$ 100 saindo da faixa de US$ 9.400 para US$ 9.565, porém, recuando depois para US$ 9.340 registrando, no momento da escrita, uma baixa de 0,80%.

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Gráfico cortesia, Alexandre Vasarhelyi, CFA na BLP Asset, uma das empresas brasileiras autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a operar investimento em fundo de criptomoedas

Com o recuo o Bitcoin permanece sendo negociado lateralmente no momento e mostra, mais uma vez, dificuldade em romper a resistência de US$ 9.600, apontada como fator chave para impulsionar a criptomoeda acima de US$ 10 mil novamente podendo levar o BTC para US$ 10.360,89.

No entanto, apesar dos bulls não conseguirem romper a resistência o momento ainda é visto como positivo já que a EMA de 20 dias está indicando um movimento 'para cima'. Contudo o especialista em análise gráfica do Cointelegraph, Rakesh Upadhyay alerta que a dificuldade em romper o teto em US$ 9600 pode também enfraquecer o movimento de compra e colocar os bears novamente no comando.

"Se os bears baixarem o preço abaixo da EMA de 20 dias, o par BTC/USD enfraquece e poderá cair para US$ 8.240,67. Os traders podem marcar as paradas em suas posições longas para US$ 8.200, o que pode ser mais apertado se o preço cair abaixo da EMA de 20 dias", disse.

Os movimentos na China tem grande impacto no preço do Bitcoin já que o mercado asiático é um dos mais importantes no espaço das criptomoedas, tanto em termos de negociação quanto em termos de empresas e ainda são incertos os impactos reais do Coronavírus na economia e no valor do Bitcoin.

Porém um novo alerta de saúde surge no país vermelho, já que em plena onda de expansão do novo coronavírus, que já matou 361 pessoas na China, o governo do país asiático relatou um forte surto de gripe aviária H5N1 em uma fazenda na Província de Hunan, na fronteira com Hubei, cuja capital é Wuhan (de onde também saiu o Coronavírus).

De acordo com um comunicado divulgado no sábado à noite pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, o surto está localizado em uma fazenda localizada no distrito de Shuangqing, na cidade de Shaoyang, onde 4,5 mil galinhas morreram, de um total de 7.850. As autoridades locais mataram 17.828 aves após o surto.

O vírus da influenza aviária H5N1 causa doenças respiratórias graves em aves e é contagioso para os seres humanos, embora, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), seja possível, mas difícil, transmitir a influenza aviária de pessoa para pessoa. O contágio em humanos geralmente ocorre em pessoas que têm contato com pássaros por um longo tempo. Não há registros de infecções em humanos até o momento.

A gripe aviária é muito agressiva para seres humanos, com uma taxa de mortalidade superior a 50%, muito alta em comparação à Síndrome Respiratória Aguda (Sars), que tem letalidade de 10% ou ao novo coronavírus.

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