Os tokens não fungíveis (NFTs) deixaram de ser apenas imagens geradas por computador, como os primeiros CryptoPunks, e passaram a ser itens digitais que unem comunidades com experiências físicas e digitais, como os famosos 'macacos entediados' ou os NFTs PFP 'Looki".

Aproveitando esta mudança, no Brasil, diversas empresas estão mesclando o mundo digial com a transformação social no mundo fisico lançando NFTs que também ajudam comunidades e pessoas a buscar sua independência.

Um exemplo disso é o maestro João Carlos Martins, que em parceria com a plataforma global de entretenimento Simple, vai conectar artistas e fãs por meio da tecnologia do NFT. João Carlos Martins entra no mundo do ativo digital com a gravação inédita, orquestrada por ele, da música País Tropical, do compositor e cantor Jorge Ben Jor.

Um percentual do total das vendas será revertido em bolsas de estudos de música clássica, para alunos de comunidades carentes.

“Nós devemos lançar até o final do ano mais dois ativos digitais em NFTs, além do maestro, em outras áreas: No esporte, com skatista Sandro Dias, internacionalmente conhecido e nas artes com o artista visual Eduardo Srur”, afirma o empresário Guilherme Inaimo, cofundador da plataforma Simple.

Para o NFT do maestro, a plataforma vai ofertar três modalidades de produtos: Music Edition, somente o NFT (arquivo digital com a gravação inédita); Experience Edition, o NFT mais uma gravação em vinil da música, assinado a mão pelo maestro;  e Private Edition, o NFT, o disco vinil e mais um par de ingressos para um show exclusivo do maestro, em São Paulo, em local ainda a ser definido.

Na opinião do maestro João Carlos Martins o “NFT é a bola da vez”. Ele se recorda do primeiro disco seu gravado em long-play, 33 rotações: “Foi grande must”, lembra.

“A primeira gravação digital realizada na história foi em Los Angeles, em 1978, e fui eu que realizei. Logo em seguida já vieram os CDs. Depois as plataformas foram se atualizando cada vem mais e hoje o futuro, realmente, é o NFT”, aposta o maestro.

NFTs para empoderar mulheres

Já a plataforma Maria.Family, em parceria com a Tokefy e impactBlock.io, anunciou o lançamento da campanha "31 Lilás” que será composta por NFTs que ajudam a empoderar e mudar a vida de mulheres pelo Brasil. O projeto conta com o apoio e o envolvimento da modelo e apresentadora do programa "Esquadrão da Moda", do SBT, Renata Kuerten.

Na campanha, a cada acolhimento comprado, serão gerados NFT´s para o comprador, para o influenciador e para a mulher que está precisando de ajuda, ou seja, dessa forma, todos poderão acompanhar a evolução do impacto social.

Os NFTs gerados serão criados pelas artistas Lise Grendene e Mariana San Martin que cederão suas pinturas para darem vida e transformar em arte os NFT´s de acolhimento. Alémd isso, todos que comprarem um acolhimento participarão de um sorteio do item doado por influenciadoras no dia 03 de outubro.

O acolhimento custa R$  35,00 e ajudará a tirar uma mulher de situação de risco. Com esse valor, cada mulher em situação de violência tem direito a um acolhimento psicológico, um curso de empoderamento feminino e curso livre de empreendedorismo básico.

“Criamos o app Maria Family, uma tecnologia rápida, intuitiva e de fácil acesso, para ser uma ferramenta voltada para a geração de conteúdo, apoio por meio de uma rede segura e sigilosa e, em especial, para o acolhimento psicológico online, no qual as mulheres de todo o país poderão encontrar ajuda especializada”, explica a fundadora e CHRO Sonia Ana Leszczynski.

As mulheres em situação de violência que buscam ajuda podem se cadastram para receber um acolhimento através do link

“A violência doméstica está presente na vida de mais de 70% dos brasileiros e não podemos achar normal. Não são apenas as mulheres que sofrem com ela, milhares de crianças são expostas e acabam expressando sua raiva de diversas formas negativas durante toda sua vida, prejudicando imensamente toda a sociedade”, destaca Felipe Rigoni, fundador da plataforma.

NFTs para preservar o legado

Os tokens não fungíveis (NFT) “sobreviventes” da demolição de uma mansão abandonada no Morumbi, em São Paulo (SP), chegaram à Funarte, onde integram uma exposição com obras digitais de 70 nomes relevantes da arte de rua, como Binho Ribeiro, EDMX, M.I.A, Mari Pavanelli e Filite. A mostra é resultado do projeto batizado de “Casa NFT”.

O projeto começou há um ano, quando um grupo de artistas resolveu transformar um prédio abandonado, através da arte. No entanto ao saber que o prédio seria demolido os artistas se reuniram e reolveram preservar o legado e seus trabalhos por meio dos NFTs. Agora, cerca de 12 meses após o início da demolição os trabalhos ganham nova vida em uma exposição digial e imersiva.

Além da exposição, que conta com uma sala imersiva de 320 metros quadrados, projeções e mapeamento digital, o projeto pretende se expandir para outras casas em breve. O projeto também já colhe seus frutos de transformação social e tem gerado visibilidade e receita para diversos artistas.

“Nossa intenção é sempre criar novas experiências a partir do acervo digital original da Casa NFT, pois a arte também pode ser consumida em forma não convencional, e aqui estamos falando de transformação digital”, afirmou Alexandre Travassos, um dos idealizadores do projeto.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.