A Fintech brasileira BluPay, que trabalha com remessas baseadas em blockchain e foi fundada por Rubens Rocha, foi adquirida pela Valid, empresa brasileira listada na Bolsa de Valores brasileira (B3) que tem representação em mais de 16 países e oferece serviços financeiros conectados com a tecnologia digital e com a digitalização da economia. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Antes de ser adquirida pela multinacional também brasileira, a BluPay contou com o apoio do Banco Central do Brasil que, por meio do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), abriu caminho para os investimentos na startup com o selo do BCB, já que o projeto foi um dos selecionados para participar do programa de inovação da regulador.

“Para quem está tentando pensar em novas alternativas para o setor financeiro, se aproximar quem de fato tem o controle da execução da regulamentação do nosso sistema financeiro funciona com uma ponte muito importante”, conta Rocha.

No caso da solução desenvolvida por Rocha e pela BluPay, blockchain é usado para registrar e processar toda sas transação da plataforma, "garantindo um sistema 100% auditado e com rastreabilidade", disse.

Na aquisição, a Valid, comprou 51% da BluPay e pretende usar a solução da empresa conectada a uma plataforma já adaptada ao sistema de pagamento instantâneo, que o Banco Central deve lançar ainda este ano com o nome de PIX.

Além disso, segundo a reportagem embora o produto da BluPay, remessas usando blockchain, seja ainda um campo 'sem regulamentação' específica no país, como o projeto passou pelo crivo do BCB também ajudou a moldar as regras que vêm sendo definidas para o setor.

“O nosso interesse é caminharmos de maneira bastante agressiva para migração e complementaridade de serviços de transações”, conta Maurício Menezes, diretor da Valid.

Como noticiou o Cointelegraph um pouco mais cedo o Banco Central do Brasil têm usado o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) para 'abraçar' a inovação promovida pelo Bitcoin e criptomoedas, a tecnologia blockchain, e incentivar startups e fintechs a desenvolverem soluções com o DLT.

Lançado a mais de dois anos, muitos projetos baseados na tecnologia já foram incentivados pelo BCB, como é o caso do P2P Blockchain Lending, que trabalha com empréstimos usando a tecnologia como gateway de confiança.
Ainda em 2019 o Banco Central também incentivou a criação de uma plataforma, baseada em blockchain, utilizando a rede Corda, do R3, para a construção de um sistema de Identidade Digital Descentralizada.

O projeto foi elaborado pelo CPQD e recebeu o nome de FinID - Sistema de Identidade Digital Descentralizada.

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