O visionário artista pop britânico David Bowie chega ao metaverso seis anos após sua morte através de uma coleção de NFTs (tokens não fungíveis) inspirada em sua obra que dará origem a objetos 3D para serem usados em ambientes virtuais, informou reportagem da Rolling Stone Brasil publicada em 6 de setembro.
Intitulada "Bowie on the Blockchain", a coleção foi concebida pelo espólio do artista em parceria com os marketplaces OpenSea e We Love the Arts, de Andrew Keller, e a criação ficou a cargo de nove artistas contemporâneos.
On September 13th, David Bowie’s undying influence will impact yet another new frontier as nine of the world’s leading crypto-artists come together to celebrate his legacy and put #BowieOnTheBlockchain pic.twitter.com/7YviN4pjDj
— OpenSea (@opensea) September 6, 2022
Em 13 de setembro, a influência imortal de David Bowie romperá mais uma nova fronteira, pois nove dos principais criptoartistas do mundo vão estar reunidos para celebrar seu legado e colocar #BowieOnTheBlockchain
— OpenSea (@opensea)
Os NFTs de "Bowie on the Blockchain" serão comercializados a partir da próxima terça-feira, 13, e parte das receitas obtidas com as vendas será destinada à organização humanitária CARE, que tem a viúva de Bowie, a ex-modelo Iman, como defensora global.
Ao anunciar o lançamento da coleção, Keller lembrou que a obra de Bowie muitas vezes criava universos paralelos e ficcionais. Além disso, ele foi um dos primeiros músicos a compreender o potencial revolucionário da internet para a produção artística e o próprio mercado musical:
"Quanto mais você pensa sobre o que realmente é o espaço da criptoarte, mais você percebe como Bowie estava à frente de seu tempo com algumas das maneiras pelas quais ele se relacionava com seus fãs – seja o BowieArt, o BowieWorld, o Bowie Bonds ou o BowieNet."
Keller e seu sócio, o produtor de filmes Joaquin Acrich, são os responsáveis pela curadoria artística de "Bowie on the Blockchai". A proposta da dupla foi apoiar novos artistas capazes de compreender e se inspirar no tipo de arte da qual o próprio Bowie utilizava para apoiar suas criações.
Para isso, destaca Keller, um conhecimento profundo sobre a obra de Bowie e algum tipo de conexão pessoal com a personalidade do artirsta foram as únicas duas condições fundamentais levadas em consideração por ele e Acrich durante o processo seletivo.
Entre os nove escolhidos, destacam-se o jovem Fewocious, o adolescente trans que já faturou mais de R$ 240 milhões com suas coleções de NFTs, e a artista e ativista Nadya Tolokonnikova, do coletivo feminista Pussy Riot. Os demais escolhidos foram: Jake, Defaced, Osinachi, Young and Slick, Lirona, Glam Beckett e Jonathan Wolfe.
Para tornar as obras da coleção verdadeiramente únicas e especiais, além de diretamente vinculadas ao universo de Bowie, todos os artistas puderam escolher alguns objetos guardados nos arquivos do artista para utilizá-los em suas criações.
Estes itens vão desde desenhos e pinturas feitas por Bowie até anotações manuscritas, esboços de figurinos ou de design do palco. As obras de "Bowie on the Blockchain" ainda não foram apresentadas ao público, mas Fewocious revelou parte de sua criação em uma postagem publicada no Twitter, na qual também manifestou sua empolgação por estar envolvido no projeto.
👀👀👀 AHHHH I AM SO EXCITED here’s a sneak peak of the sculpture I made for the @DavidBowieReal Estate wearing ONE OF HIS ORIGINAL OUTFITS to benefit CARE 😭❤️ I can’t wait to show you the rest of the piece when it reveals this Thursday 💛🕺 pic.twitter.com/mJK40g1sA5
— FEWOCiOUS (@fewocious) September 6, 2022
AHHHH ESTOU TÃO ANIMADO aqui está uma prévia da escultura que fiz para o @DavidBowieReal Estate usando UMA DAS SUAS ROUPAS ORIGINAIS para beneficiar a CARE 😭❤️ Mal posso esperar para mostrar o resto da peça, que será revelada nesta quinta-feira
— FEWOCiOUS (@fewocious)
No entanto, a coleção despertou reações mistas entre os fãs do artista britânico. Alguns responderam à postagem com o anúncio oficial da coleção no Twitter com apelos para que o espólio de Bowie cancelasse o projeto. O próprio filho do artista, Duncan Jones, já fez críticas aos NFTs mais de uma vez em publicações nas redes sociais.
No Brasil, o metaverso e os NFTs também têm ganhado popularidade entre os músicos. Na semana passada, Nando Reis realizou sua primeira apresentação transmitida através do seu metaverso particular e os ingressos foram comercializados sob a forma de NFTs.
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