Joe Kernen, da CNBC, afirma que ele está sendo tratado "como um deus" no Twitter, após uma entrevista em 19 de junho no Squawk Box, na qual ele questionou se o Libra do Facebook é uma criptomoeda.

No vídeo, postado por um defensor do Bitcoin (BTC), Kernen disse que o Libra "não me empolga de forma alguma" e argumentou que as redes blockchain usadas pelas principais moedas adicionam valor inerente. Descrevendo o Libra, ele acrescentou:

“Ele é baseado apenas no dólar. Eu não entendo - é isso que se chama criptomoeda? Bom, não, não é."

Os entusiastas da cripto elogiaram Kernen por seus comentários - e disseram que o fato marcou um ponto de virada, já que os jornalistas financeiros tradicionais estão começando a entender por que as criptomoedas á estabelecidas são valiosas.

Na transmissão do dia seguinte, 20 de junho, Kernen disse:

"Agora eu sou um touro do Bitcoin. Você viu o que está acontecendo no Twitter? Eu sou como um deus. Os millennials que me aguardem... Eu os amo, eles são tão espertos. Se você colocar um dólar e a droga da sua moeda digital valer um dólar, isso não é uma criptomoeda - todas as transações na blockchain realmente criam algum valor inerente. Fazer uma moeda digital baseada em uma moeda fiduciária não faz sentido.”

O Facebook lançou o white paper de sua stablecoin global em 18 de junho. MastercardPayPalVisa estão entre os membros fundadores do consórcio sem fins lucrativos que vai governá-la.

Embora o Libra esteja sendo apontado como uma maneira de atingir as pessoas que não possuem conta bancária, relatórios sugerem que a carteira digital do Facebook, a Calibra, não estará disponível em países que proíbem as criptomoedas. Isso provavelmente dificultará a adoção na Índia, um dos maiores mercados da rede social e um país que abriga a segunda maior população sem conta em banco.

A reação ao tão esperado projeto foi diversa. Enquanto alguns acham que o Libra vai impulsionar a indústria, outros criticaram a ambiguidade do white paper.