O Dot Bank, lançado oficialmente no segundo semestre deste ano, é o primeiro banco digital do Brasil que opera com um sistema de franquias, conforme comunicado de imprensa compartilhado com o Cointelegraph em 18 de setembro.

“Nunca consegui entender as regras bancárias e os grandes abusos que o setor comete contra as empresas, então, decidi montar meu próprio banco; com zero reais de mensalidade e baixo custo de produtos e serviços”, conta Marcelo Salomão, criador da iniciativa.

Segundo o comunicado o Dot Bank é voltado para empresas com alto volume de emissão de boletos bancários e que desejam automatizar 100% seu fluxo de pagamento e recebimento, a plataforma tem foco em pagamentos, recebimentos, conciliação e automação de finanças com integrações em softwares de gestão. 

“Os bancos tradicionais ainda usam a troca de arquivo para se comunicar entre o banco e a empresa, isso é algo ultrapassado - foi criado na época que não tínhamos internet com bom desempenho. Hoje, em nossa plataforma é tudo conectado através de APIs, que é uma tecnologia nova e garante toda transação realizada”, explica. 

Diante da concorrência, Marcelo revela ter vantagens: a operação em franchising e contato direto. O Dot Bank é uma rede de franquias e nela, o franqueado é como se fosse a agência da marca na cidade dele, onde, atuará vendendo os produtos e serviços oferecidos no modelo é home office.

“Nós da Gigatron entendemos que os bancos digitais são incríveis, todos eles, mas o fato de não ter alguém próximo como se fosse o gerente da conta pode ser um problema, pois, é de extrema importância algum contato humano em algum momento. Digo isso, porque tive uma experiência muito ruim com um banco digital. Eu queria aplicar um dinheiro, então fiz contato pelo chat. Por lá o atendente me disse que a modalidade de investimento não estava disponível, depois mexendo um pouco na ferramenta, achei uma forma do meu dinheiro render diariamente. Isso só me fez ter certeza que o nosso modelo de franquias no banco digital tem muito sentido”, aborda o empresário.  

O investimento na franquia é de R$6 mil (já somados a taxa de franquia + capital de giro) e promete um lucro líquido de 15% a 20%. “Acreditamos que temos potencial para crescer exponencialmente em função do cenário econômico e pelo modelo de franchising aplicado nesse negócio”, conta ansioso.

Nessa fase inicial, Salomão revela que o objetivo é de abrir três mil contas PJ até dezembro deste ano. Situação que diz ser totalmente possível por já possuírem uma carteira de clientes que utilizam sistema de gestão da Gigatron. O que define estar “a um pulo de bater a primeira meta”.

Como tem noticiado o Cointelegraph, as mudanças nos sistema financeiro tem impactado os bancos tradicionais que estão perdendo espaço. Recentemente, a TecBan, que administra a rede de caixas eletrônicos, Banco24Horas, passará a oferecer um novo modelo de ingresso nos ATMs da rede por meio da plataforma Hub Digital.

A nova solução pode beneficiar fintechs e startups que fazem cashout de Bitcoin e criptomoedas, como a Uzzo, que já tem uma parceria com a Cielo para aceitação de Bitcoin em todas as máquininhas da rede, além da Alterbank que tem parceria com a Visa e Atar que opera junto com a Mastercard.