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Banco Central vai 'liberar' 2ª consulta pública sobre cripto semana que vem e regras para stablecoins e tokens RWA ficam para 2025

Segunda fase da Consulta Pública deve ser publicada na semana que vem pelo Banco Central do Brasil, revela Campos Neto.

Banco Central vai 'liberar' 2ª consulta pública sobre cripto semana que vem e regras para stablecoins e tokens RWA ficam para 2025
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, revelou, durante o Uqbar Day, que o regulador deve publicar a segunda consulta pública sobre as regras para o mercado de criptoativos na semana que vem. Além disso, segundo Campos Neto, a regulamentação para stablecoins e tokens RWA deve ser publicada já em 2025, durante a gestão de Gabriel Galipolo.

Segundo Campos Neto, a segunda consulta pública sobre o mercado cripto deve ser focada nas exchanges de criptomoedas, abordando como criar regras de conduta, organização e processos de autorização. No entanto, não ficou claro se o regulador pretende tornar obrigatório que uma exchange tenha sede no país para poder operar no Brasil.

Em declarações anteriores, o BC disse que não haveria como proibir os brasileiros de usarem exchanges internacionais sem sede no Brasil e, assim como tem feito a Receita Federal, a proposta seria 'estreitar' relacionamento para evitar riscos, mas não havia, até então intenção de publicar regras específicas para estas empresas sem sede no país.

No entanto, o debate sobre a segregação patrimonial se tornou uma unanimidade entre os reguladores nacionais e o debate teria mudado para que todas as exchanges operando no país deveriam ter escritório no país e cumprir todas as regras tal qual as exchange nacionais, sob o risco de serem 'proibidas' de operar no país, assim, ainda não está claro como a segunda fase da consulta pública vai tratar o tema.

Sobre a regulamentação de stablecoins e tokens RWA, Campos Neto não deixou claro como isso deve funcionar e se haverá a publicação de uma instrução normativa focada no tema e outra exclusiva para as exchanges.

Drex

O presidente do BC também voltou a falar do Drex e em como a moeda digital do Brasil pode revolucionar o sistema financeiro nacional. Segundo ele, o mercado de tokenização está intimamente ligado com o Drex e por isso a regulamentação é tão importante.

O atual diretor do BC e futuro presidente da instituição, Gabriel Galipolo, concorda com Campos Neto e destacou recentemente que o Drex tem potencial para produzir uma "revolução" no sistema financeiro brasileiro, reduzindo significativamente o custo do crédito para os consumidores finais.

Galípolo estabeleceu que uma das prioridades de seu mandato será a redução no custo do crédito no Brasil. Segundo o futuro presidente, a infraestrutura da moeda digital de banco central (CBDC) brasileira oferece os recursos necessários para que esse objetivo seja atingido.

"A própria ideia do Drex permite que a gente consiga avançar e produzir uma revolução, enquanto infraestrutura pública digital, para o crédito colateralizado, viabilizando a redução dos spreads", afirmou Galípolo durante a sua sabatina no Senado Federal.

spread bancário é a diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa de juros cobrada dos consumidores.

O futuro presidente do BC disse que o processo de automação do Drex facilita a tomada de empréstimos mediante a cessão de garantias, possibilitando a redução dos spreads bancários e do custo do crédito, especialmente em operações de maior risco, como o rotativo dos cartões de crédito, nas quais as taxas de juros costumam ser mais altas.