O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta, 10, as regras e procedimentos para a chamada pública à submissão de propostas de casos de negócio para testes na segunda fase do Piloto Drex. Para a seleção, serão considerados os critérios e procedimentos previstos no regulamento do Piloto, anexo à Resolução BCB 315/23",
Com esta nova fase, além dos projetos já selecionados e escolhidos, o BC promove chamamento público com o propósito de receber novas propostas de candidatura de entidades interessadas em participar do Piloto Drex. Essas propostas devem envolver casos de negócio para a implementação própria via smart contracts na plataforma do Piloto.
"Vale destacar que não há limitação inicial na quantidade de casos de negócio que poderão ser selecionados para teste no Piloto Drex. Assim, o número de propostas selecionadas será determinado diante do conjunto de inscrições recebidas e considerando a capacidade técnica e operacional do BC", destacou o Banco Central.
O BC receberá, entre os dias 14 de outubro e 29 de novembro, as propostas de entidades interessadas em participar da segunda fase do Piloto Drex.
Segundo o BC, poderão participar do projeto-piloto instituições atuantes no mercado financeiro que necessariamente tenham a capacidade de testar o modelo de negócios proposto, incluindo transações de emissão, de resgate ou de transferência de ativos, bem como de executar a simulação dos fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação, quando aplicável ao caso em teste.
Segunda fase do Drex
Recentemente Fábio Araújo, coordenador do Drex no Banco Central (BC), revelou durante o Fórum Ativos Digitais, realizado pelo BlockNews com a Cantarino Brasileiro, que o objetivo do DREX é ser o próprio Sistema Financeiro do Brasil, migrando todos os serviços e negócios para esta plataforma integrando com outras soluções digitais como Open Finance e Pix.
"Sim, o DREX como está desenhado será o STR 2.0. Isso já foi desenhado desde a primeira fase do projeto. Precisamos obter mais alguns detalhes para levar à operação. Não sei dizer exatamente quando esse STR 2.0 via ocorrer, mas vai ocorrer", disse.
Além disso, ele apontou que BC não tem um prazo 'oficial' para o lançamento final do Drex junto a população. A proposta é que após muitos testes, a moeda digital será 'liberada' para testes com a população e só depois disso, é que o Drex irá para 'produção', e lançado oficialmente.
"O que estamos tentando fazer é levar esse projeto para testes com a população, para entender como ela reage e absorve esses novos negócios, e assim determinar o nível de escalabilidade necessário para o sistema. Quando pensamos em interoperabilidade, escalabilidade e segurança cibernética, esses são aspectos fundamentais.
Com esses pontos bem estabelecidos, poderemos avançar para os testes com a população. Nessa fase, a escalabilidade e a interoperabilidade não serão limitantes, e esses testes nos ajudarão a definir o tipo de interoperabilidade e o grau de escalabilidade necessários.
Temos um cenário em que, no diagrama que mostrei, há duas opções: um sistema completamente separado ou completamente interoperável. Provavelmente, adotaremos o máximo possível de elementos internos ao sistema e interoperaremos apenas o estritamente necessário.
Os testes com a população nos ajudarão a definir o que deve estar integrado à Mainnet e o que pode ser interoperável. O ponto crucial é superar o desafio da privacidade. Uma vez que essa questão esteja resolvida, poderemos avançar para a segunda fase da arquitetura e, então, seguir em direção aos testes com a população e depois ir para produção", disse.