Uma vulnerabilidade noticiada ontem (8) nos dispositivos Android pode facilitar o roubo de criptomoedas dos investidores que usam carteiras mobile. O perfil Wallet Guard publicou em seu Twitter que agentes maliciosos podem usar uma falha no Bluetooth para invadir dispositivos, obtendo acesso às aplicações ali inseridas.

Risco para carteiras mobile

O Wallet Guard recomenda que usuários de Android atualizem seus dispositivos com o último software disponível. “A vulnerabilidade poderia permitir que o atacante execute códigos maliciosos em um dispositivo, bastando estar no alcance do Bluetooth. Isso pode ser usado para ganhar acesso e controlar o dispositivo”, diz a publicação.

A empresa de segurança Malwarebytes afirma que, caso o dispositivo esteja com a atualização lançada no dia 5 de dezembro, esse problema já foi solucionado. O problema, contudo, é que nem todos os dispositivos Android tiveram acesso à atualização mencionada pela empresa de segurança.

“Infelizmente, a maioria dos usuários de Android continuará vulnerável. Meu Pixel 4a nem chegou a receber a atualização de dezembro ainda. Isso significa que aparelhos da Samsung e de outras fabricantes de dispositivos estão ferrados”, comentou o usuário identificado como robotbear. Outros usuários também comentaram na publicação, alegando não conseguirem atualizar seus dispositivos.

Uso de carteiras mobile

Uma pesquisa da empresa de inteligência TripleA estima que 4,2% da população mundial estaria investindo em cripto ao fim de 2022. Em números absolutos, isso é cerca de 320 milhões de pessoas. 

Reunindo as carteiras MetaMask, Exodus, Crypto.com, Coinbase, Coinomi, Blockchain e TrustWallet, todas em suas versões mobile, o número de downloads é de aproximadamente 47 milhões. Embora não seja a métrica ideal para medir o número exato de usuários, a estimativa é que 14,7% dos usuários de criptomoedas ao redor do mundo usam carteiras mobile.

Desta forma, uma parcela considerável dos investidores de criptomoedas pode estar exposta a ataques através desta vulnerabilidade em dispositivos Android. O timing para a vulnerabilidade também não é dos melhores: investidores do mercado cripto estão em uma fase de valorização de autocustódia. Para os usuários que utilizam carteiras mobile, o ideal é buscar uma forma de atualizar o sistema operacional e garantir que não haja espaço para roubos.

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