O banco Capitual, que oferece serviços para várias exchanges de criptomoedas no Brasil como Huobi e Bitget, anunciou que recebeu um aporte de mais de R$ 82 milhões (€ 15 milhões) da empresa italiana Azimut. Segundo o banco, os recursos serão usados para organizar a expansão do banco para México e Europa, entre outras ações.

“Queremos replicar o produto que temos no Brasil em outros países, atendendo nossos parceiros também em outras jurisdições. A ideia é virar um hub de tecnologia blockchain nesses mercados”, disse ao Valor Guilherme Nunes, presidente-executivo da Capitual.

Antes do aporte, o Capitual já havia conquistado uma licença para fornecer serviços de criptoativos na Itália, o que deve facilitar os planos de operação do banco com o novo aporte. Além disso, com os recursos, o Capitual passa a ter um “valuation” de € 302 milhões, mais de R$ 1 bilhão.

No Brasil o banco está intimamente ligado a indústria de criptoativos e além do serviço de cash-out para exchanges também participa do Lift (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológica) entre os projetos pilotos do Real Digital.

Ao Valor, Giorgio Medda, CEO da área de gestão de recursos e fintech da Azimut, reforçou que a empresa está envolvida com a indústria de criptoativos desde antes de 2020 e já possui inclusive um token próprio lastreado em títulos de dívida de empresas italianas.

“Estamos convencidos de que a tecnologia blockchain está redesenhando a fronteira do setor de serviços financeiros como conhecemos”, disse.

Democratização dos investimentos

A empresa declarou que vê a tokenização como a “democratização” do investimento por permitir o fracionamento de investimentos que antes não estariam disponíveis para o público. Além disso, desde 2020, a empresa participa com a Sygnum e a SBI do Japão de um fundo conjunto de capital de risco para ativos digitais.

No ano passado a Azimut adquiriu uma participação de 20% participação na Diaman Partners Ltd, gestora de ativos focada em estratégias quantitativas e criptoativos, que atua sob a supervisão da Malta Financial Service Authority (MFSA).

A parceria corporativa acompanha a decisão da Azimut Investments, empresa gestora da Azimut Group em Luxemburgo, para nomear a Diaman Partners como gerente delegada da AZ RAIF II Digital Assets, uma empresa aberta fundo de investimento alternativo estabelecido ao abrigo da lei luxemburguesa.

O principal objetivo do fundo é oferecer exposição indireta para o mercado de criptomoedas, investindo em uma cesta diversificada de produtos negociados em bolsa por meio de gerenciamento ativo impulsionado pelo controle de risco quantitativo.

“Acreditamos que o escopo da inovação apresentada hoje é semelhante ao introduzido na década de 1980 com os primeiros fundos mútuos”, disse Giorgio Medda. “Estamos explorando novos territórios que em um futuro não muito distante revolucionarão a indústria de gestão de ativos.”

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