Na manhã desta segunda-feira (17), o monitoramento o mercado de criptomoedas voltava a registrar entrada de capital e operava em alta de quase 1% ao movimentar pouco mais de 926 bilhões, o que se refletia no preço do Bitcoin (BTC), que era cotado a US$ 19,3 mil, com alta de 1,1% e dominância de 40%.

Nos últimos dias, o BTC apresentou pouca volatilidade depois de ensaiar um rali de alívio em razão do sentimento pessimista do mercado com a economia global, cercada pela alta de juros dos bancos centrais, crise energética na Europa, impactos econômicos negativos na China por causa da política de covid zero e problemas no setor imobiliário, prolongamento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o aumento de riscos de endividamento do Reino Unido decorrentes do polêmico pacote econômico envolvendo corte de impostos do governo da premier britânica Liz Truss. 

Em sentido contrário ao sentimento do mercado de criptomoedas, o analista Michaël van de Poppe, fundador e CEO da plataforma de negociação Eight, mostrou-se confiante ao dizer que a questão não era “se” e sim “quando” a volatilidade voltaria, acrescentando que:

“A maioria ainda está assumindo que continuaremos a descer com os mercados, mas acho que as chances de impulso ascendente aumentaram.” 

Van de Poppe está em um grupo que representava a minoria pelos dados on-chain da plataforma de negociação e informação de futuros de criptomoedas Coinglass, que indicavam que um detalhe remava contra a euforia do estrategista: as operações vendidas (shorts), que apostam na queda, superavam as compradas (longs), que apostam na alta para obtenção de ganhos, em respectivos percentuais de 52% e 48%. 

A Diferença era ainda maior em algumas exchanges, como a Binance, onde os shorts representavam 60% ante os 40 de longs, e a Bitget, cujos respectivos percentuais era de 54% e 46%, apesar de o monitoramento da FTX ter apresentado o investo, com os longs representando 70% e os shorts respondendo por 30%.

As principais altcoins por capitalização de mercado, o que não inclui as stablecoins, também avançavam em percentuais de até 2,5%, com exceção do XRP, que era trocado de mãos por US$ 0,47 e operava em queda de 2,2%.

As altcoins com altas de dois dígitos se apresentavam em menor quantidade e em percentuais mais modestos, entre elas o QNT, precificado a US$ 208,96 (+14,3%), o CSPR, avaliado em US$ 0,047 (+11,84%), o SNX, nivelado em US$ 2,31 (+10,54%), o EWT, equiparado a US$ 4,85 (+26,21%), o POLY, estimado em US$ 0,30 (+22,76%), e o INJ, comprado por US$ 2,11 (+16,77%).

Um dos destaques era o MNW, token rede de suprimentos Software as a Service (SaaS) Morpheus Network, que era trocado de mãos por US$ 1,31 e apresentava alta de 54%.

Gráfico diário do par MNW/USD. Fonte: CoinMarketCap

Pelo que é possível perceber, a alta do MNW aconteceu na esteira do anúncio de uma força tarefa com 21 ações visando a desobstrução da cadeia de suprimentos do Canadá, entre elas o alívio do congestionamento portuário e a redução da escassez de mão de obra, embora a informação, publicada pela Truck News, não vincule as ações à adesão da plataforma, apesar de recomendar a digitalização da cadeia de suprimentos. 

No último domingo, especulações de possível listagem na Coinbase dividiram a atenção dos investidores com acusações de rug pull em meio à explosão de 230% de uma criptomoeda em um intervalo de uma hora, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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