Com a volatilidade nas alturas, o Bitcoin (BTC) viu seu preço saltar aproximadamente 6% em 24 horas ao ser precificado em torno de US$ 19,7 mil na manhã desta sexta-feira (14), quando a criptomoeda respondia por 40,2% de dominância de mercado, cujo volume era de pouco mais de US$ 938 bilhões, montante 3,7% superior ao dia anterior. 

A rápida recuperação do BTC aconteceu em meio à aparente dissipação do “medo extremo” que tomou conta do mercado nos últimos dias pelas notícias macroeconômicas. Em especial a publicação da ata de setembro do comitê de política monetária (Fomc) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que confirmou a necessidade de mais “arrefecimento econômico” por conta da inflação, desaceleração econômica na Europa e China e prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia, em linhas gerais. 

As principais altcoins por capitalização de mercado, com exceção das stablecoins, conseguiram em sua maioria superar a volatilidade do BTC. Por exemplo, o ETH era negociado a US$ 1.328 (+7,12%), o XRP respondia por US$ 0,50 (+12,36%), o ADA era trocado de mãos por US$ 0,38 (+7,8%), o SOL estava avaliado em US$ 31,44  (+8,9%), o MATIC estava cotado a US$ 0,81 (+10,6%), o DOT era trocado de mãos por US$ 6,21 (+6,32%) e o DOGE valia US$ 0,060 (+7,2%).

Enquanto as sardinhas pareciam roer as unhas com medo da resposta do mercado do sinal de mais um aumento na taxa de juros do Fed, apostadores alavancados em venda a descoberto (shorts), que se caracteriza quando os traders pegam empréstimo para venda no mercado a fim de forçar a queda de preços para recompra por menor valor antes da quitação, parecem ter envolvido grandes cardumes. 

Pelo menos foi o que disse a página de análise on-chain College ao apresentar os dados de monitoramento da plataforma Coinglass em que observava a alta taxa de liquidações de Bitcoin em apenas uma hora, US$ 31 milhões.

“US$ 31 milhões em #Bitcoin liquidações short em 1 hora. Este é o nível mais alto de liquidação por hora em mais de um mês”, disse. 

A análise ficou longe de ser um caso isolado, tanto que o trader de pseudônimo Stockrocker tweetou:

“Essa deve ser a maior armadilha de urso que eu já vi até agora. Até eu estava começando a me sentir bastante baixista.”

Passada a “armadilha de urso”, embora o BTC não tenha se consolidado acima de US$ 20 na manhã desta sexta, alguns analistas viram sinais de reversão. Entre eles, o estrategista de pseudônimo Credite Crypto, que se fundamenta no comportamento do gráfico de preços a partir de 2019 para sugerir que um rali de alívio pode estar a caminho:

“Nossos dois últimos grandes impulsos foram precedidos por cerca de 120 dias de consolidação de volatilidade relativamente baixa antes de começarem. É suposto ser chato - é parte do processo. Quanto mais chato fica, melhor é para a próxima expansão. $ BTC.”

Por meio do gráfico é possível perceber que o rali já começou em relação a diversas altcoins, que apresentava alta de dois dígitos. Entre elas o ENS, negociado por US$ 19,73 (+19,7%), o QNT, trocado de mãos por US$ 170,20 (+18,5%), e o SUSHI, transacionado por US$ 1,40 (+24,3%). 

Pelo segundo dia consecutivo, o destaque ficou por conta do MDX, token do protocolo formador automático de mercado (AMM) Mdex, que era negociado por cerca de 0,22 e apresentava alta diária de 102%. 

Gráfico diário do par MDX/USD. Fonte: CoinMarketCap

Mais uma vez, a alta do MDX aconteceu em meio a divulgações relativas a staking e expansão da plataforma, no Twitter. 

Na última quinta, enquanto o Bitcoin perdia o suporte de US$ 19 mil, a plataforma de análise Santiment observava que os preços das criptomoedas guardam um detalhe, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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