O empreendedor Vinícius Tebaldi decidiu investir parte do auxílio emergencial que recebeu em Bitcoin. Segundo ele, o dinheiro da primeira parcela do benefício “quase dobrou” desde que a compra da criptomoeda foi realizada no dia 21 de abril de 2020.

O brasileiro conta que comprou Bitcoin com as duas parcelas oferecidas pelo Governo Federal do auxílio emergencial. No total, Vinícius investiu R$ 1.000 na criptomoeda nos dois últimos meses.

Em entrevista exclusiva para o Cointelegraph, o empreendedor explica que foi motivado a investir o dinheiro do benefício após o preço do Bitcoin cair quase 50% em março.

Empreendedor compra Bitcoin com auxílio do Governo Federal

O auxílio emergencial pago pelo Governo Federal é destinado a milhões de brasileiros que foram impactados economicamente pela crise gerada pelo novo Coronavírus.

Serão pagas três parcelas de R$ 600 segundo o planejamento do Governo Federal, que recebeu 107 milhões de solicitações do benefício nos últimos meses.

De acordo com Vinícius Tebaldi, parte da primeira parcela do auxílio emergencial foi investida em Bitcoin há dois meses e o dinheiro já teve grande resultado com a aplicação em criptomoedas.

Com apenas 18 anos, o empreendedor de Caxias do Sul - RS diz que inicialmente investiu o valor de R$ 500 da primeira parcela paga pelo Governo Federal do auxílio emergencial.

“Dos R$ 600 do auxílio, investi um total de R$ 500 em Bitcoin, tanto na primeira quanto na segunda parcela. O valor que investi da primeira parcela quase dobrou, enquanto que o da segunda ainda não houve resultado, pois faz pouco tempo que comprei (Bitcoin).”

Aproveitou queda de 50% no preço

O empreendedor que comprou Bitcoin com o auxílio emergencial fala que foi atraído pela queda no preço da criptomoeda em março de 2020, quando o ativo enfrentou uma desvalorização de quase 50%.

Segundo Vinícius, aquele seria o momento ideal de investimento, já que a criptomoeda estava sendo cotada por um preço que não condizia com a realidade do mercado.

Dessa forma, o empreendedor decidiu então apostar parte do benefício que recebeu em investimentos em Bitcoin, que já renderam lucro para o brasileiro.

“Decidi investir o auxílio após ver, na forte queda de 12 de março, uma grande chance de comprar o Bitcoin barato, pois ao meu ver estava muito abaixo do seu real valor.”

Vai continuar investindo em criptomoedas

Vinícius afirma que continuará investindo parte do auxílio emergencial em criptomoedas, incluindo a terceira parcela do benefício que terá o calendário de pagamentos divulgado na próxima segunda-feira (8).

O empreendedor conta que investe em Bitcoin desde 2016 e parte do auxílio recebido por ele será destinado a criptomoeda. Vinícius diz que continuará comprando Bitcoin com o dinheiro, caso o auxílio emergencial também for prorrogado pelo Governo Federal.

“Comecei a investir em bitcoin em 2016 com R$ 100 que ganhei de uma tia no meu aniversário de 15 anos. Venho investindo um pouco por mês desde então e estimo que o total esteja em cerca de R$ 8 mil.”

Ao ser questionado sobre o investimento realizado em criptomoedas, Vinícius declara que não pretende vender a fração de Bitcoin que possui.

A estratégia do empreendedor é manter o saldo guardado, inclusive a parte comprada com o auxílio emergencial, diante da instabilidade do mercado financeiro tradicional.

“Não pretendo vender nada pelos próximos dois anos, irei segurar visando preservar meu dinheiro durante a atual crise que estamos passando.”

A negociação da compra de Bitcoin com o benefício social aconteceu através do mercado P2P, e Vinícius procurou um vendedor de criptomoedas para finalizar o investimento. O empreendedor contou sua história em um grupo no Facebook, e mostrou que investir parte do auxílio emergencial em Bitcoin foi lucrativo.

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