A blockchain, tecnologia por trás do Bitcoin e que foi criada por Satoshi Nakamoto para, entre outros, impedir gastos duplos, agora é usada pela TecBan, operadora dos caixas eletrônicos da Rede Banco 24h, para 'liberar' dinheiro físico nos equipamentos da empresa, segundo reportagem do ITFórum365.

Segundo a reportagem a TecBan usa a tecnologia para otimizar os saques dos ATMs da companhia. A solução, baseada no Hyperledger permite o registro compartilhado e rastreável dos dados e operações entre os participantes de maneira transparente, segura e confiável, que pode ser utilizada por todas as instituições financeiras, tornando mais inteligente uma movimentação que requer uma logística complexa.

“Esse processo era realizado de forma manual, sem apoio de um sistema integrado para o compartilhamento e rastreamento das informações entre as instituições. A proposta consistiu na automatização da gestão das oportunidades de transações interbancárias utilizando blockchain”, conta.Robert Baumgartner Junior, diretor de TI e Telecom da TecBan,.

Ainda de acordo com a reportagem, agora, os diferentes pedidos de notas são compartilhados pela rede de bancos da base da TecBan, “Do ponto de vista tecnológico, entendemos que para esse tipo de necessidade faria sentido usamos o blockchain, porque temos vários bancos envolvidos e precisamos ter um agente central que faz a orquestração, com informações confiáveis. Ninguém pode apagar ou alterar o dado, possibilitando total transparência”, diz Baumgartner Junior.

A solução da TecBan foi vencedora do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Serviços financeiros, realizado pela IT Mídia em parceria com a PwC e apresentou também redução nos custos despendidos no processo  que foram reduzidos em torno de 15% a 20%, pois muitas das vezes não é necessário transportar o numerário, apenas com uma movimentação na custódia a necessidade é atendida e a operação é concluída.

"Hoje, dez anos depois do surgimento da tecnologia, a usamos para ajudar a otimizar o ciclo de dinheiro. É curioso ver como uma solução nasce para uma finalidade, mas sua aplicabilidade pode ser outra (...) E do ponto de vista de sustentabilidade, temos o aumento na eficiência logística com diminuição de circulação de carros fortes, menor risco para segurança física e redução de poluentes”, destaca o executivo.

Como noticiou o Cointelegraph sobre o uso de blockchain, um projeto brasileiro promete investir 20% da arrecadação em projetos sustentáveis na Floresta Amazônica. A criptomoeda Amazoncoin seria uma parceria entre a holding KBC e o Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (INEPP), que não é um órgão estatal. Ambos desenvolveram um protocolo de confiança e um modelo de negócios para a lançar a criptomoeda, que também teria produção sustentável e visa o mercado de créditos de carbono.