O BTG Pactual anunciou o lançamento de sua primeira stablecoin, o BTG Dol. Segundo informou o banco por meio de um comunicado, o lançamento ocorre por meio da Mynt, plataforma de criptoativos da instituição.
Assim como outras stablecoins como USDT, USDC e BUSD, o BTG Dol terá paridade de 1:1 com o dólar americano. Segundo o BTG, o lastro do ativo se dá por dólares armazenados pelo próprio banco, que faz a gestão completa do lastro do ativo, além disso, a instituição financeira também afirmou que realiza processos de “due diligence”, contra lavagem de dinheiro e de Compliance.
“Mais uma vez inovamos no uso de tecnologia financeira a favor dos nossos clientes. Ao comprar o BTG Dol, o investidor tem acesso à forma mais fácil, segura e inteligente de investir em dólar.”, diz André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual.
Segundo informou o BTG além dos clientes da Mynt os correntistas com conta no BTG também podem ter acesso ao criptoativo por meio da plataforma de investimentos do banco. É possível começar a investir a partir de R$ 100.
O BTG não informou se clientes tradicionais do banco também poderão usar o ativo para realizar remessas financeiras. O Cointelegraph tentou contato com o Banco Central do Brasil sobre a emissão da stablecoin, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.
“Recentemente lançamos oito novos ativos, já temos 22 criptomoedas na plataforma, agora possuímos nossa própria stablecoin. Isso mostra que o Banco confia na tecnologia e vai seguir com seu compromisso de oferecer novos produtos e serviços digitais inovadores, com a solidez e confiança que é marca do BTG.”, afirmou Marcel Monteiro, head de Operações da Mynt.
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Stablecoins são o caminho da economia nacional
O movimento do BTG antecipa um cenário que deve ser comum a partir de 2024 no Brasil: bancos emitindo stablecoins. Segundo declara o Banco Central do Brasil, a partir do ano que vem, com o lançamento inicial do Real Digital, a CBDC do país, a população irá interagir com o sistema via stablecoins emitidas por bancos e instituições conectadas ao sistema.
Pela proposta do BC, as instituições devem perdir autorização ao BC para transformar seus depósitos de dinheiro físico em Real Digital. A CBDC, por sua vez, ficará custodiada no BC como garantia e, na outra ponta, o Banco Central concederá uma autorização para que estes depósitos em Real Digital sejam convertidos em stablecoins pelo banco.
De posse das stablecoins, lastreadas nos depósitos em Real Digital, o banco poderá criar diversas aplicações via contratos inteligentes que terão como moeda de liquidação estas stablecoins e emitidas pelos bancos.
Atualmente o Real Digital está em fase de testes e a previsão do BC é que ele seja lançado oficialmente no final de 2024. Assim como o Open Banking, a CBDC deve ter seu lançamento faseado.
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