O BTG Pactual anunciou nesta quarta, 04, o lançamento de uma carteira DeFi dentro de sua plataforma de criptoativos, a Mynt. As "Carteiras" dentro da Mynt são compostas por diversos ativos (em porcentagens diferentes) nos quais os analistas da plataforma acreditam que terão um desempenho superior no mês.
A Carteira Sofisticada, que atualmente conta com os ativos mais 'arriscados' dentro das carteiras da Mynt, registrou um retorno excepcional de 45,5% no fechamento de novembro. Além disso, a recém-lançada Carteira DeFi apresentou uma rentabilidade superior a 10% nas primeiras 24 horas.
"Acreditamos firmemente que as finanças descentralizadas (DeFi) representam a próxima grande evolução no universo financeiro. O DeFi está revolucionando a forma como as transações financeiras são realizadas, eliminando intermediários e promovendo transparência e acessibilidade. Investir em DeFi é apostar em inovação, eficiência e na democratização dos serviços financeiros", destacou a Mynt.
Segundo os analistas da empresa, com a vitória de Donald Trump e o fortalecimento dos republicanos nos Estados Unidos, espera-se um ambiente regulatório mais favorável para criptoativos. Além disso, a melhoria no arcabouço regulatório proporcionará maior segurança jurídica e estimulará investimentos no setor, criando um cenário propício para o crescimento sustentável do DeFi.
Assim, segundo os analistas, à medida que as regulações se tornam mais claras e favoráveis, o setor DeFi experimentará um crescimento exponencial até 2025. Este ambiente positivo permitirá inovações contínuas, maior adoção institucional e oportunidades únicas para investidores que buscam se posicionar antecipadamente em mercados emergentes.
"O lançamento da Carteira DeFi reforça o compromisso da Mynt em estar na vanguarda das tendências financeiras globais. Continuamos dedicados a oferecer aos nossos clientes acesso às melhores oportunidades de investimento, apoiados por pesquisas aprofundadas e uma visão estratégica do mercado", destacou o comunicado.
O potencial do mercado DeFi
Segundo analistas da Mynt, o crescimento das plataformas DeFi está sustentado em métricas operacionais sólidas, mas ainda encontra uma discrepância em relação ao valor de mercado de seus tokens. A Aave, um dos maiores protocolos DeFi que possibilita empréstimos descentralizados por meio de contratos inteligentes, é um exemplo claro dessa tendência.
“As receitas mensais da Aave ultrapassaram US$ 7 milhões em novembro de 2024, superando os níveis do último trimestre de 2021, quando a receita girava em torno de US$ 5 a 6 milhões. Ainda assim, o token AAVE, que era negociado a US$ 300 em 2021, hoje está cotado a apenas US$ 160”, destacaram os analistas da Mynt.
Outro caso emblemático é o da Uniswap, principal corretora descentralizada do setor. A plataforma registrou um aumento expressivo na base de usuários, passando de 66 mil usuários ativos diários em novembro de 2021 para 719 mil em novembro de 2024.
Apesar do salto na adoção, o token UNI segue desvalorizado. “O token UNI estava cotado a US$ 23 em 2021 e, agora, é negociado em torno de US$ 8,56. Isso mostra que o crescimento da base de usuários ainda não foi acompanhado por uma valorização proporcional do ativo”, analisaram.
Os especialistas apontam que os fundamentos operacionais robustos desses protocolos devem, eventualmente, ser refletidos nos preços de seus tokens. “Com o aumento da utilização e das receitas, há uma forte probabilidade de que o mercado ajuste o valor desses criptoativos para alinhar com o desempenho dos protocolos”, explicaram.
Além das métricas de crescimento, o DeFi tem conquistado confiança no mercado financeiro tradicional. Um exemplo emblemático ocorreu neste ano, quando o Société Générale, um dos maiores bancos da Europa, utilizou a infraestrutura da Aave para tokenizar títulos de dívida e emitir empréstimos on-chain.
“Esse tipo de integração reforça a relevância do DeFi no cenário financeiro global e sinaliza uma tendência que deve se intensificar em 2025”, afirmaram os analistas da Mynt.