O suposto CEO da BTC-e, Alexander Vinnik, declarou publicamente sua inocência e até ofereceu ajuda a Vladimir Putin como especialista em tecnologia digital.
Falando à Russia Today em sua primeira entrevista oficial desde que a polícia o prendeu na Grécia em julho, Vinnik disse que não entendeu "que direito" os EUA teriam que julgá-lo como cidadão russo.
Quando perguntado por que ele não se voltou voluntariamente para as autoridades dos EUA, Vinnik respondeu:
"Porque eu não acho que fiz nada para violar a lei - é a primeira coisa. Em segundo lugar, não entendo o relacionamento que os EUA têm comigo e qual direito eles têm de julgar um cidadão russo".
A BTC-e foi fechada no final de julho citando dificuldades técnicas. Posteriormente, tornou-se conhecido que o FBI liquidou 45 por cento de seus fundos e que os usuários receberiam restituições sob a forma de tokens e os restantes 55 por cento do capital disponível.
O motivo do interesse dos EUA foi o alegado desrespeito das leis contra a lavagem de capitais, com o próprio Vinnik sendo suspeito de se envolver em tais atividades.
Continuando sua defesa, ele disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, deve se concentrar em seus próprios assuntos, enquanto oferece ajuda ao presidente russo, Putin, em seu campo de especialização.
"Eu diria que ele [Putin] precisa de especialistas como eu no campo de TI e que eu poderia ajudá-lo com isso usando meu conhecimento", acrescentou.
Os EUA estão buscando multas de US$ 110 milhões de BTC-e e US$ 12 milhões do próprio Vinnik.