A stablecoin brasileira lastrada em real BRZ, que desde maio já é a quinta moeda mais negociada do país, viu nesta semana seu suprimento de tokens chegar a 35 milhões.

A moeda supera e muito as demais stablecoins lastreadas no real. A CryptoBRL, segunda moeda com maior suprimento, tem 400 mil tokens em circulação.

De agosto de 2019 a fevereiro de 2020, o volume de negociação do BRZ foi de US$ 100 milhões, tornando o ativo a segunda stablecoin mais negociada pelos brasileiros, ficando atrás apenas do Tether (USDT), a principal moeda digital do dólar.

A moeda é emitida no padrão ERC-20 da Ethereum, o mais usado pelo criptomercado para a emissão de stablecoins. Cada BRZ é colateralizado em real e outros ativos que garantem a estabilidade da moeda.

O CEO da Transfero Swiss, gestora cripto responsável pela stablecoin, Thiago Cesar, falou sobre o crescimento da moeda:

"Acho que tem tudo a ver com o crescimento do mercado cripto nas últimas semanas. A gente tem visto um aumento no volume de negociação global, e o BRZ é a única stablecoin brasileira com integração com corretoras internacionais e isso contribuiu."

A stablecoin está disponível nas exchanges FTX, ADVCash, Union Trade, BitForex, Bittrex, NovaDAX, Profitfy, BitRecife, BitPreço, entre outras. A listagem em exchanges internacionais é grande parte do crescimento do volume da moeda, diz Cesar:

"Muito desse crescimento se deve à negociação na FTX, que é uma exchange de Hong Kong e na Bittrex, que são responsáveis por 15 milhões desse suprimento em negociação. Isso é uma vitória para o projeto, o BRZ é reconhecido como ativo por grandes corretoras, podendo ser trocado por BTC, por USDT, ser convertido em outras divisas, e isso faz o BRZ ser reconhecido por grandes exchanges do mundo como uma versão digital do real"

Como noticiou o Cointelegraph Brasil, o BRZ também faz parte da Associação Mundial de Stablecoin, lançada na Suíça na segunda metade de julho deste ano.

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