A mineradora de Bitcoin Arthur Inc, energy tech especializada em monetizar energia ociosa, fundada pelos brasileiros Ray Nasser e Rudá Pellini nos EUA, anunciou esta semana a inauguração de uma nova planta no país da América do Norte, em Oklahoma City, capital do estado de Oklahoma.
Imagem: Divulgação/Arthur Inc
Com um aporte de US$ 4 milhões, captados com investidores estratégicos, essa expansão marcou o início de uma série de novos investimentos nos EUA previstos para 2024. A nova planta de mineração tem a capacidade de 15 megawatts de potência, está localizada em uma área de 6,8 mil metros quadrados e possui potencial de gerar uma receita adicional de US$ 9 milhões por ano para a companhia, segundo a empresa.
“A expansão para Oklahoma está alinhada à estratégia de diversificação geográfica que a Arthur Inc está buscando nos Estados Unidos, e deve replicar no Brasil. A ideia base é utilizar a energia ociosa para gerar receita nas regiões onde atua, contribuindo assim para um modelo de economia sustentável, em que une tecnologia, meio ambiente e transformação digital”, afirmou Rudá Pellini.
O modelo da nova unidade, acrescentou o executivo, é servir como hosting (hospedagem) para a atividade de outros mineradores de Bitcoin que queiram se instalar no local por meio da locação do espaço, junto à operação da própria Arthur Inc. Isso porque o hub possui capacidade para cinco mil computadores de alto desempenho (HPCs), também conhecidos como ASICs (circuitos integrados de aplicação específica, na sigla em inglês).
Segundo o executivo, o aluguel do espaço ocorre por empresas que já possuem HPCs, mas não têm locais para realizarem a mineração de criptomoedas nem equipes de profissionais especializados que fazem instalação, monitoramento e manutenção de toda a infraestrutura de TI, essenciais para impedir riscos operacionais e realizar a integração adequada das soluções tecnológicas.
Ele revelou que a Arthur fechou um acordo com a Oklahoma Gas and Eletric Company (OG&E) que vai garantir fornecimento de energia elétrica ao custo de pouco menos de US$ 0,04 kWh. O que, segundo ele, vai gerar uma economia de até 40% em relação ao que é cobrado para o cliente final.
O empresário também argumentou que a atividade não agride o meio ambiente porque está utilizando o excedente energético e que o acordo prevê a interrupção das atividades em momento de maior demanda cotidiana.
“Essa unidade oferece um dos menores custos no consumo de energia do mercado, o que é um diferencial competitivo bastante interessante para a companhia e permite vislumbrar um crescimento saudável e sustentável para toda a operação”, avaliou.
Além dos EUA, a Arthur Inc iniciou suas operações brasileiras em janeiro desse ano por meio da instalação de uma infraestrutura tecnológica de computação de alto desempenho no Tocantins, projeto que teve um investimento de aproximadamente US$ 1 milhão e previsão de retorno anual de 30%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.