Apesar de ainda parecerem “objetos não identificados” aos olhos de muitos artistas e outros produtores de conteúdo, os tokens não fungíveis (NFTs) possuem um conceito relativamente simples, assim como o passo a passo para a criação destes tipos de criptoativos, desde abertura de uma carteira. Que o diga Victor Langlois, o artista digital transgênero estadunidense que resolveu retratar sua transformação de gênero e se tornou badalado na cena de NFTs.   

FEWOCiOUS, como é popularmente conhecido o artista, já embolsou aproximadamente US$ 49 milhões, cerca de  R$ 24O milhões, em NFTs que retratam diferentes aspectos da intimidade e da personalidade de um adolescente transgênero. Mas ele não é um caso isolado, a pequena Nyla Hayes, uma garota de 13 anos, faturou US$ 7 milhões, aproximadamente R$ 34 milhões, depois que decidiu transformar em NFTs os desenhos de dinossauros e outras criações que brotavam de sua cabeça. 

Por outro lado, a exemplo do mercado de grandes obras físicas, parte do mercado de NFTs ainda pode ser considerada inalcançável para pequenos investidores em razão do valor elevado de algumas obras digitais, muitas pertencentes a coleções renomadas. Barreira que a startup brasileira NFTFY começou a quebrar com o lançamento de uma ferramenta nomeada de RockPool, em sua plataforma. 

O RockPool é uma espécie de crowdfunding, compra coletiva de NFTs junto ao maior maketplace deste tipo de criptoativo, o OpenSea, a qual a RockPool é integrada. O que é feito através da conexão da carteira digital do usuário ao OpenSea, onde é feita a escolha do NFT desejado para compra, cuja URL deve ser copiada e colada no campo “Enter the URL..” do RockPool. 

Além de criar “pools”, os usuários também podem optar por ingressar em pools públicos já existentes na plataforma e depois reivindicarem suas frações do criptoativo adquirido, na proporção do valor aportado. Por este motivo, a ferramenta só opera com NFTs listados com preços fixos, o que não inclui lances em leilões. 

De acordo com uma publicação da Exame, a plataforma cobra uma taxa de 5%, que é distribuída proporcionalmente aos participantes do pool. Em relação ao NFT original, a empresa explicou que o criptoativo fica armazenado em staking de contrato inteligente, cuja venda ou retirada é condicionada ao pagamento do preço de saída, distribuído entre os “acionistas do NFT” ou o titular de 100% das frações. 

"Com isso, é possível mitigar o risco do valor alto na compra de um só ativo. É possível investir de forma diversificada e ter frações de vários NFTs. Além disso, com a NFTFY e a Rockpool a divisão fica certinha no smart contract, a única parte que você pode comprar ou vender é a sua fração, o que traz mais segurança ao processo”, argumentou o CEO da NFTFY,  Leonardo Carvalho.

Aos criadores de pools privados, cujos participantes são convidados pela pessoa organizadora junto à sua comunidade, a ferramenta apresenta a opção de recebimento de taxa de curadoria, estabelecida por quem criou o pool. 

A plataforma amplia as possibilidades para os investidores do varejo que buscam lucros pela compra e venda de NFTs, mas deixa de ser interessante aos colecionadores de obras e aqueles que buscam os benefícios de alguns NFTs, como acesso a grupos, eventos e utilização do criptoativo como foto em redes sociais. 

Quem também está de olho nos investidores de NFTs é a rede Solana, que emergiu como desafiante da rede Ethereum devido aos problemas como taxas de transação exorbitantes e congestionamento no principal ecossistema destes tipos de criptoativos, conforme noticiou o Cointelegraph

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