O brasileiro Philip Han esta sendo investigado na Suiça acusado de aplicar golpes com Bitcoin e cripotmoedas por meio de uma suposta pirâmide financeira chamada MyHash.
A MyHash promete rendimentos fixos de até 30% com Bitcoin e criptoativos por meio de supostas operações de trade.
Contudo, o brasileiro afirma que sua empresa tem autorização da Autoridade Federal de Vigilância do Mercado Financeiro (FINMA), porém o fato foi negado pela instituição.
Desta forma tanto a empresa como o brasileiro estão trabalhando de forma irregular no país o que pode render punições e até prisão pelas autoridades europeias.
“Olá Liderança, como estás? Eu Philip Han estou liderando um grande projeto na Suíça. Banqueiros vinculados a um banco na Suíça estão lançando um grande projeto de classe mundial. Foi aprovado na Suíça, um padrão para regulamentar tokens em bancos, este é o início da revolução e eles entenderam que precisam usar essa tecnologia e querem ser os primeiros a popularizar os tokens. Então, eles estão lançando um plano de marketing muito bom onde eu Philip Han irei iniciar e teremos muito sucesso como foi na FX", declarou Han.
Lista de empresas irregulares
Como forma de alertar os investidores suiços e europeus sobre a atuação irregular da empresa a FINMA incluiu a MyHash em uma lista das empresas irregulares
“A FINMA verifica as empresas e indivíduos para ver se eles estão prestando serviços não autorizados. (...) as empresas na lista não cumpriram o requisito de prestação de informações ou as informações fornecidas são falsas. Além disso, quando as investigações da FINMA revelam uma ameaça iminente e considerável para os investidores, os fornecedores envolvidos também são incluídos na lista”, destacou a autoridade.
Desta forma a FINMA destaca que pode iniciar procedimentos de execução e impor medidas de severidade variada que podem até mesmo levar ao fechamento da empresa.
No entanto a MyHash não estaria apenas oferecendo supostos serviços de investimento na Suiça, mas também no Brasil, onde Han já é investigado pela Polícia.
O Cointelegraph consultou a Comissão de Valores Mobiliários, (CVM) sobre a MyHash e verificou que a empresa também não tem autorização no Brasil.
Além disso, a CVM já tem denúncias contra outras empresas de Han, como a F2Trading que também operava de forma ilegal no Brasil.
Crimes
Philip Han é investigado pela Polícia Civil de São Paulo em três inquéritos distintos.
Um deles pela FX Trading Corporation, empresa que ofertava investimentos em Bitcoin, que pode chegar a R$ 1 bilhão em prejuízo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os três inquéritos estão em andamento.
"são apuradas denúncias de crime contra a economia popular, estelionato e organização criminosa. As equipes realizam oitivas com as partes, bem como a análise das informações e evidências reunidas até o momento. Novas diligências são realizadas e as autoridades trabalham para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos”.
No entanto, ainda segundo a Polícia Han é investigado por outros crimes contra a Economia Popular como a WCM777, Mr. Link e iFreex.
“O negócio deles, basicamente, era um aplicativo de mensagens, um concorrente similar ao WhatsApp, mas pago. Quem pagaria por algo que é igual a outro e de graça?”, diz Guilherme Helder, delegado da Polícia Federal do Espírito Santo, responsável pela Operação Mintaka, que apura os desvios da empresa de Han.
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