Investidores brasileiros guardam uma relação de fidelidade com alguns criptoativos. Além de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), Solana (SOL), Cardano (ADA) e Polygon (MATIC) estão sempre entre as ‘queridinhas’ no acumulado mensal, apontam dados divulgados pela Receita Federal. Em fevereiro, porém, uma criptomoeda brasileira entrou para o grupo das 10 mais negociadas: a WiBX (WBX).

Queda no volume negociado em altcoins

O volume declarado por investidores por força da Instrução Normativa nº 1888, da Receita Federal, exibiu recuo de R$ 1,1 bilhão entre janeiro e fevereiro deste ano. A queda no volume não se abateu tanto nas negociações com as maiores stablecoins em valor de mercado, que mostraram queda de apenas R$ 290 milhões entre janeiro e fevereiro. Assim, sobrou para os ativos digitais voláteis a redução nas negociações.

Mesmo com a queda no volume, as negociações com BTC cresceram em R$ 10 milhões, ultrapassando R$ 1 bilhão. Já as negociações com ETH tiveram um declínio de R$ 26 milhões, aproximadamente, totalizando R$ 228,5 milhões.

A altcoin que mais se beneficiou em volume foi a MATIC, que beirou os R$ 100 milhões negociados, atingindo 67% de crescimento em volume entre janeiro e fevereiro. Outras mudanças entre as dez criptomoedas mais negociadas pelos brasileiros são a saída de Dogecoin (DOGE) e Uniswap (UNI), o retorno da Chainlink (LINK) e a entrada da WBX.

A criptomoeda emitida pela Wiboo passou por um crescimento expressivo em volume negociado nos dois primeiros meses de 2023. Dos R$ 8 milhões movimentados por investidores em janeiro, o volume saltou para R$ 19,7 milhões em fevereiro. O crescimento foi de 146,2%, fazendo com que a WBX fosse a oitava criptomoeda mais negociada no meio do primeiro trimestre deste ano.

Dez criptomoedas mais negociadas pelos brasileiros em fevereiro. Fonte: Receita Federal

Dominância do USDT

O Tether USD (USDT) ainda é a stablecoin mais negociada por investidores brasileiros, mantendo seu volume de R$ 12,1 bilhões entre janeiro e fevereiro. As negociações com USD Coin (USDC) também passaram por um crescimento no mesmo período. Foram R$ 560,7 milhões movimentados com a stablecoin emitida pela Circle.

A única stablecoin entre as quatro maiores que exibiu queda foi o BRZ, pareada ao valor do real. As transações usando o criptoativo totalizaram R$ 154,1 milhões, uma queda de 24% em relação a janeiro.

O Binance USD (BUSD), mesmo após o aviso movido pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) contra a Paxos, cresceu em volume negociado em fevereiro. Ao todo, R$ 53,9 milhões foram utilizados por brasileiros em suas negociações, um aumento de quase 100% em relação a janeiro.

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