A holding de um dos investidores mais conhecidos do mundo, o "Oráculo de Omaha" Warren Buffett, destacou uma empresa brasileira de tecnologia em seu portfólio em 2020, como noticiou a Exame.

A empresa de meios de pagamento Stone, que é listada na Nasdaq, teve o segundo melhor desempenho da carteira da Berkshire Hathaway, com 110% de valorização nas ações no ano passado.

A Stone, um dos destaques de meios de pagamento no Brasil, começou 2020 com as ações valendo US$ 39,89 na Nasdaq, para encerrar o ano em US$ 83,92.

A Berkshire entrou no capital da empresa brasileira no segundo semestre de 2018, depois da oferta pública inicial (IPO) da Stone na Nasdaq. Na estreia, as ações valiam US$ 24.

Pouco depois da IPO, Buffet chegou a ter 11,3% do capital da Stone, mas cortou suas ações e hoje tem 6,3%.

A maior valorização da carteira da holding de Buffett também foi de uma das novatas: a Snowflake, que trabalha com softwares de armazenamento em nuvem e valorizou 134% no ano.

As empresas de tecnologia puxaram a valorização das carteiras de investimentos no ano passado. Duas das maiores empresas do mundo tiveram um ano expressivo e também formam o portfólio da Berkshire: a Apple, com valorização anual de 80% e a Amazon, com 76,3%.

2020 foi o ano do mercado cripto

A pandemia de coronavírus derrubou grande parte das ações tradicionais e fez emergir ainda mais as gigantes de tecnologia, que se beneficiaram da digitalização das sociedades, imposta pelos lockdowns nos países afetados pela crise sanitária.

Por outro lado, nenhum mercado teve mais valorização do que o mercado de criptomoedas, seja no varejo, seja nos fundos de índices de criptomoedas, que também são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil.

A maior criptomoeda, o Bitcoin (BTC), teve grande valorização no ano, saindo de US$ 7.400 em janeiro para anotar uma alta consistente rumo ao seu maior preço histórico: superou o recorde anterior de US$ 20.000 em dezembro e nas semanas seguintes já chegou a US$ 34.000, alta de quase 360%.

Os fundos de criptomoedas também foram grande destaque nos mercados de ações. Entre os fundos brasileiros, a alta  chegou a mais de 1.100% no ano.

No desempenho, o fundo HDAIF, negociado no exterior e gerido pela Hashdex, teve alta 263% em 2020, enquanto o BLP Crypto Assets, fundo da gestora BLP Asset, teve valorização de 258% ao longo do ano passado.

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