Relatório divulgado no último dia 12 de junho pela empresa Statista, coloca o Brasil como o segundo país com mais investidores em criptomoedas. O líder do ranking, que considera a proporção da população que investe ou já investiu em ativos digitais, é a Turquia.

As criptomoedas surgiram em 2009 com o lançamento do whitepaper do Bitcoin. A idéia do projeto era criar uma forma de dinheiro que seja imune à censura, sem limites para transferêcia e completamente democrática.

Com a crescente popularidade devido à valorização que o Bitcoin adquiriu nos últimos anos, a adoção de outras criptomoedas também aumentou. No entanto, o crescimento do ecossistema não foi sentido de forma igual e uniforme em todo o mundo. 

A análise do Statista verificou as posses de criptomoedas em diversos países. Mil pessoas foram entrevistadas em cada país. O relatório revelou que a posse de criptos era mais comum na Turquia, onde uma em cada cinco pessoas já possuiu criptomoedas. 

A Turquia é um país cheio de tensões políticas e, à luz de suas tensões econômicas com os EUA e a União Européia, o valor da Lira (moeda fiduciária da Turquia) caiu, enquanto a inflação subiu para preocupantes 18% em maio. Para muitos no país, Bitcoin e criptos oferecem melhor opção como reserva de valor do que a Lira Turca.

O Brasil sempre foi um país ávido por adotar novas tecnologias. Redes sociais como Orkut e Facebook explodiram em adoção uma vez que chegaram às terras tupiniquins. Segundo o estudo, 18% dos brasileiros declararam que já possuiram criptomoedas.

Segundo o relatório, outros países da América Latina como Colômbia, Argentina, México e Chile obtiveram mais usuários de criptomoedas do que nações de língua inglesa. Como no caso da Turquia, parece haver uma correlação entre o uso de criptomoedas e a estabilidade econômica do país.

A posição da Espanha pode ser atribuída ao crescente número de caixas eletrônicos bancários que permitem a troca de Bitcoin por moeda fiduciária no país. A nação ibérica tem uma das maiores taxas de adoção de criptomoedas da Europa.

Outra estatística reveladora foi o fato de que apenas 3% da população do Japão é considerada detentora de criptomoedas. Isso sugere que, depois de anos sendo o centro de inovação em criptomoedas, a crescente regulamentação do espaço está causando um impacto na popularidade das criptos no país.

Conforme reportado pelo Cointelegraph, o Japão acaba de aprovar um novo projeto de lei que visa reformular as regras que regulam o mercado de criptomoedas no país.