Uma iniciativa da BrasilNFT vai lançar a plataforma NFTribo, uma plataforma para cunhagem e venda de tokens não fungíveis (NFT) voltada para artistas indígenas e que será a primeira do mundo nesta configuração.

Segundo o anúncio do projeto a plataforma foi organizada em parceria com representantes das etnias Guajajara, Bororo, Fulni-ô, Guarani Mbya e o Coletivo OCA (Observatório Cultural das Aldeias Artesãs) e o lucro arrecadado com a venda das artes digitais serão destinado não só aos artistas mas também a iniciativas de valorização do povo indígena.

Os NFTs comercializados na plataforma, segundo o anúncio, serão artes digitais mistas, ou seja, que alinham a peça digital com uma peça física e, na maioria dos casos, os compradores receberão uma peça física com um chip único que contém conteúdos extras, como a história da etnia.

Além disso, segundo revelou o comunicado da BrasilNFT, os NFTs comercializados na plataforma gerarão royalties, então, toda vez que as peças de arte forem revendidas, a tribo responsável receberá a contribuição financeira.

O dinheiro será gasto pelas lideranças indígenas, que julgarão as necessidades urgentes de cada comunidade.

NFTribo

A plataforma ainda não tem data para ser lançada. Contudo, segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph, o lançamento deve ocorrer ainda no terceiro trimestre.

“Nós, os povos originários, precisamos de estratégias de sobrevivência e o BrasilNFT pode ser a nossa nova aliada para seguirmos no enfrentamento e abrir os olhos do mundo para mostrar nossas capacidades e habilidades através das artes diversas.", afirmou Zahy durante o anúncio.

No entanto, embora ainda não tenha data oficial para lançamento, a NFTribo deve contar com um lançamento exclusivo que será o álbum da cantora e atriz Zahy Guajajara que se tornará a primeira artista indígena a lançar um álbum multimídia em NFT.

Ainda segundo o comunicado, o primeiro single da cantora está previsto para chegar nas principais plataformas neste mês. 

“Essa é uma excelente iniciativa e esperamos, juntos, construir diretrizes para dar visibilidade e oportunidade de comercializar todos os trabalhos artesanais e culturais de nosso pertencimento", disse Marcio Paromeriri, Pajé e Presidente da Academia de Saberes Indígenas.

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