O Brasil caiu da sétima para a nona posição global em adoção de criptomoedas segundo a edição deste ano do Global Crypto Adoption Index, o Índice Global de Adoção de Criptomoedas, relatório anual desenvolvido pela Chainalysis, empresa de análise de dados, software e pesquisas relacionadas a blockchain, divulgado nesta terça-feira (12). 
Apesar do recuo, o país ainda se manteve na liderança na América Latina, segundo o documento. Já o primeiro lugar mundial ficou com a Índia, seguida respectivamente por: Nigéria, Vietnã, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Paquistão, Brasil, Tailândia, China, Peru, Rússia, Reino Unido, Argentina, México, Bangladesh, Japão, Canadá e Marrocos. Em relação às região, as três primeiras posições ficaram com a Ásia Central, Ásia Meridional e Oceania.
Segundo a Chainalysis, os 154 países mensurados foram decompostos em cinco subíndices com escala de 0 a 1. Em cada um foram ponderadas características como tamanho da população e poder de compra, sendo que, quanto mais próxima de 1 for uma determinada pontuação, maior a classificação do país avaliado. 
A empresa informou que, para cada cálculo de subíndice, foram estimados os volumes de transações dos países para diferentes tipos de serviços e protocolos de criptomoedas com base nos padrões de tráfego na web, apesar da existência de distorções de dados de tráfego e casos de uso de serviços VPN relacionados às criptomoedas. 
Por outro lado, a Chainalysis avaliou que essas distorções podem ser consideradas irrisórias em relação ao total quantificado pelo monitoramento, “centenas de milhões de transações e 13 mil milhões de visitas na web”, além da aferição junto a especialistas em criptomoedas de cada país. 
Em relação aos cinco subíndices e suas respectivas formas de medição, são eles: valor em criptomoedas on-chain recebido em exchanges centralizadas, ponderando pela paridade do poder de compra (PPC) per capita; valor de varejo na rede recebido em exchanges centralizadas, ponderado pela PPC per capita; volume de negociações peer-to-peer (P2P), ponderado pela PPC per capita e número de usuários de internet; valor em criptomoedas on-chain recebido de protocolos de finanças descentralizads (DeFi), ponderado pela PPC per capita; e valor de varejo na rede recebido de protocolos DeFi, também com a mesma ponderação. 
Quanto às colocações parciais do Brasil no Top 20 dos principais países em adoção, a melhor colocação se refere ao quesito “valor em criptomoedas on-chain recebido em exchanges centralizadas”, na nona posição. Já o pior desempenho foi o do subíndice “volume de negociações peer-to-peer (P2P)”, na 15ª colocação.
A empresa observou ainda que a categoria de países com renda média baixa (LMI), estabelecidos pela classificação do Banco Mundial com renda per capita entre US$ 1.086 e 4.255, entre eles Índia, Nigéria e Ucrânia, foi "a única categoria de países cuja adoção popular total permanece acima de onde estava no terceiro trimestre de 2020." A Chainalysis lembrou que 40% da população mundial vive em países LMI.  
Na esteira do avanço das criptomoedas no país, o Blockchain Rio Festival 2023 promete ser catalisador de novos negócios da Web3, IA e outras tecnologias disruptivas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.