Mike McGlone, analista sênior da Bloomberg, afirmou nesta semana que o Bitcoin pode despencar 88% em meio a uma venda massiva nos mercados de ações e à migração de investidores para o ouro. Em publicações na rede X, ele destacou que o ativo digital pode cair para US$ 10.000, repetindo padrões históricos de crises financeiras.
“O Bitcoin nasceu em 2009, durante o fundo do poço das ações, e liderou uma alta histórica de ativos de risco. Agora, o cenário pode se inverter”, escreveu McGlone, seguido por 66.900 usuários. Segundo ele, o ouro já superou o desempenho do BTC em 2025, com valorização de 15% no ano, enquanto a criptomoeda acumula quedas.
A trajetória de risco, segundo o especialista, está diretamente ligada ao S&P 500. “Um declínio de 6% no índice pode acelerar a queda do Bitcoin”, alertou.
Além disso, fatores como o lançamento recorde de ETFs e o apoio do ex-presidente Donald Trump a criptomoedas voláteis podem indicar um pico especulativo, semelhante ao visto há 25 anos.
Queda do Bitcoin
Para atingir a projeção de McGlone, uma desvalorização de US$ 74.899 seria necessária — movimento que abalaria o mercado e reforçaria o ouro como porto seguro.
Dados de ETFs reforçam a tese. Após quatro anos de saídas, os fundos de ouro registraram entradas expressivas em 2025, sinalizando mudança no apetite por risco. “O cruzamento Bitcoin/Ouro pode ter atingido seu ápice”, destacou o analista, enfatizando que a rotatividade de capital para ativos menos voláteis já está em curso.
Enquanto isso, o mercado de criptomoedas enfrenta pressão de instituições financeiras e reguladores. A possível reeleição de Trump, aliada à adoção de ETFs, cria um cenário de alta incerteza, comparado por McGlone a bolhas históricas.
