A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária está se reunindo com representantes do setor de produção de cana de açúcar no Brasil para desenvolver uma solução em blockchain integrada para a cadeia de suprimentos de cana. A notícia é da Revista Cultivar.
Desde 2019, Embrapa e a Cooperativa de Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) já adotam blockchain na cadeia de produção do Estado, mas agora a ideia é ampliar a solução e integrá-la à cadeia produtiva de cana do país.
No dia 12 de fevereiro, representantes da Usina Granelli e da empresa de rastreabilidade em blockchain Safe Trace se reuniram em Campinas (SP), na Embrapa Informática Agropecuária, para discutir a solução conjunta.
O pesquisador Alexandre de Casto, da Embrapa, diz que com blockchain será possível agregar as informações de todas as fases de produção da cana de açúcar, até chegar no consumidor final:
“O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar e etanol; em tempos de concorrência acirrada, um sistema seguro, confiável e de fácil acesso, que concentre todas as informações sobre a cadeia produtiva da cana-de-açúcar pode propiciar um diferencial para atingir mercados mais exigentes e melhor remuneração pelo investimento em tecnologia”, afirma Castro. “Além disso, a centralização das informações sobre a cadeia produtiva em um sistema seguro amplia a capacidade gerencial tornando a tomada de decisão mais ágil e assertiva”
Ele diz ainda que a tecnologia ainda traz vantagens quanto à segurança criptográfica e à distribuição da base de dados da Política Nacional de Biocombustíveis RenovaBio.
O uso da tecnologia blockchain para rastreabilidade das cadeias produtivas têm ganhado tração no Brasil, e não apenas junto aos grandes produtores.
Como noticiou o Cointelegraph, uma startup do Maranhão, Culte, tem foco no pequeno agricultor buscando inserir blockchain na agricultura familiar e estuda maneiras de tornar a tecnologia acessível em um dos setores que mais movimenta a economia brasileira.