Especialistas em segurança no BlockShow Asia 2019 concordam: a criação de uma lista negra unificada para golpistas e fraudadores não só é difícil, mas não é suficiente para resolver esses problemas no espaço cripto.

Os provedores de serviços de criptomoeda, como exchanges, já mantêm suas próprias listas negras individuais. Combinar isso em uma única lista pode parecer útil, mas não é especialmente fácil de fazer.

Ulisse Dell´Orto, diretor administrativo da Chainalysis, destacou a necessidade de um "alto nível de avaliação sobre como os dados são coletados". Ele disse que, em alguns casos, as empresas simplesmente usam um algoritmo para fazer esse trabalho pesado. Isso dificulta a justificação da origem dos dados sem ajustá-los manualmente.

Marina Khaustova, CEO da Crystal Blockchain Analytics, também vê limitações na criação de uma lista negra única. Ela acha que apenas verificar uma lista negra não é "proativo" - não basta definir um padrão de comportamentos fraudulentos.

Conforme relatado anteriormente, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (OFAC) publicou uma lista de endereços de Bitcoin associados a operadores de narcóticos estrangeiros.

A Chainalysis colaborou com o Departamento de Justiça dos EUA para contribuir para o fechamento do maior mercado de exploração sexual infantil até hoje, chamado Welcome to Video, analisando as transações de Bitcoin.