A exchange Mercado Bitcoin, uma das principais empresas de criptomoedas do Brasil, está em busca de atrair cada vez mais a atenção dos investidores institucionais no Brasil e, da mesma forma que a Coinbase, ser uma das principais plataformas de investimento em criptomoedas para este público 'endinheirado'.
Para isso o MB anunciou mudanças tanto nos produtos oferecidos pela exchange como na estrutura de executivos da companhia e, entre os novos funcionários, estão dois 'pesos pesados' do setor bancário, Guto Antunes e Fabio Moraes, com passagens pelo Banco Safra e Federação Brasileira de Bancos, Febraban, respectivamente.
Segundo informou a Exame, Antunes vai comandar o setor de OTC, voltado a negociação de grandes volumes de criptoativos.
"Na OTC, nosso objetivo é conectar os investidores institucionais com o mercado de criptoativos, queremos desenvolver o mercado institucional dentro deste setor. Hoje, o mercado de criptoativos grita 'vem', e Wall Street responde 'eu quero, mas não sei como fazer isso'. Queremos fazer essa ponte", revelou.
Antunes também destacou que embora o mercado tradicional e o mercado de criptoativos tenham `brigado' em momentos anteriores o momento agora é de união e cada vez mais os criptoativos vão se adequando às regras em busca de atender a demanda dos investidores institucionais.Normal
"O mercado tradicional tem muito a absorver do mercado de criptoativos, mas o contrário também é verdadeiro. O universo dos criptoativos tem muito a ganhar, por exemplo, adotando aspectos de governança do mercado tradicional", afirmou.
Cripto no mainstream
O executivo também destacou que a sinergia entre mercado tradicional e criptoativos é um caminho sem volta e que "Os dois mercados se ajudam".
Comandando o setor de OTC Antunes revelou que o MB deve anunciar em breve novos produtos em diferentes 'universos' dos criptoativos, desde tokenização de ativos a novas formas de negociação.
"Temos o mote de que 'o universo é o limite'. O grupo começou como uma exchange e hoje tem várias frentes, tipos de clientes e soluções. Na frente de digital assets, temos uma meta agressiva. Queremos gerar produtos, democratizar o acesso desse novo perfil de investidor e ter plataformas seguras e atrativas. A tokenização é uma frente que certamente trabalharemos. Queremos dar liquidez aos ativos de difícil acesso e esta é uma das principais linhas que temos".
Já Fábio Moraes, que dirigiu por mais de 10 anos o Instituto Febraban de Educação, atuará à frente da Blockchain Academy, empresa de educação em criptomoedas recentemente comprada pelo MB.
"São quatro grandes frentes de atuação: profissionais do mercado, como desenvolvedores; investidores de varejo; PMEs [pequenas e médias empresas] e grandes investidores", disse.
Moraes também afirmou que há mais semelhanças do que diferenças entre o setor tradicional e o setor de criptoativos e que o desafio é elucidar eses pontos em comum para o crescimento do mercado.
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